Autor: Lusa/AO online
A energia com base na geotermia gerou 24% do total do ‘mix’ açoriano, o que representa um acréscimo de 41 GWh em relação a 2016, segundo dados da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN).
A APREN é uma associação sem fins lucrativos, constituída em outubro de 1988, visando a "coordenação, representação e defesa dos interesses comuns" dos seus associados, desenvolvendo trabalho em conjunto com organismos oficiais e outras entidades congéneres, a nível nacional e internacional.
O acréscimo da produção elétrica gerada nas centrais geotérmicas dos Açores “deveu-se, principalmente, à entrada em funcionamento da central geotérmica do Pico Alto”, em agosto, localizada na ilha Terceira.
De acordo com aquele organismo, esta central tem uma potência de 4,5 MW e prevê-se que venha a suprir 10% das necessidades elétricas da ilha Terceira em 2018.
Além da geotermia, em 2017, destacou-se a continuação da fase de testes do projeto Younicos, que “ambiciona reduzir a produção elétrica” de origem fóssil da ilha Graciosa, envolvendo o projeto uma “gestão otimizada” da energia elétrica gerada por uma central eólica de 4,5 MW e uma central fotovoltaica com 1 MW por via de um sistema de baterias ião-lítio de 4 MW.
Atualmente, o consumo elétrico da ilha Graciosa é abastecido na sua totalidade por uma central térmica a gasóleo de 4,7 MW.
Na Madeira, as tecnologias fósseis contribuíram com 71% (624 GWh) e as renováveis 29% (254 GWh), destacando-se nesta última a eólica que representou 10,1%, seguida da hídrica.
Ainda de acordo com a APREN, a tecnologia solar fotovoltaica e os resíduos sólidos urbanos tiveram um peso de 5,4% e 3,8%, respetivamente, na produção de eletricidade da região.