Autor: Miguel Bettencourt Mota
Este domingo, o Pinhal da Paz vai voltar a ser palco de mais um Festival das Azáleas, um evento que prima por fazer a ‘festa’ da cultura popular açoriana naquele parque florestal.
O evento tem, de resto, um duplo intuito: se, por um lado, pretende fomentar, logo a partir das 10 horas, “um convívio intergeracional”, por outro, procura dar lugar a “um encontro de cultura popular”, através do tradicional festival de folclore que tem início marcado para as 15 horas, explicou o presidente da direção do Rancho Folclórico Santa Cecília da Fajã de Cima, Pedro Almeida.
É justamente o rancho de folclore da Fajã de Cima que, de há várias décadas a esta parte, se encarrega de organizar o Festival das Azáleas.
Se o fator tempo for favorável, no próximo dia 29 de abril prosseguir-se-á igualmente o objetivo de promover simultaneamente a natureza, o folclore e garantir o convívio entre todos quantos entendam marcar presença no evento.
Além de pretender avivar raízes ancestrais e “manter viva a tradição” de se constituir como o festival que marca o arranque de todos os outros do género na ilha de São Miguel, tem também como intuito convidar a sociedade a integrá-lo.
“Além de mostrarmos o nosso trabalho durante todo o ano, abre-se a possibilidade de juntarmos a nossa família, amigos e o público em geral em torno de uma vontade comum, que é a de passarmos um domingo diferente e juntarmo-nos todos em convívio”, aprofundou o dirigente do grupo folclórico.
Entretanto, e no que diz respeito ao festival de folclore, quem se deslocar ao Pinhal da Paz no próximo domingo vai poder ver e ouvir o Rancho Folclórico Santa Cecília da Fajã de Cima, o Grupo Dançar para Recordar, o Grupo Folclórico Ilha Verde, o Grupo Folclórico São José da Salga e o Grupo Cultural e Recreativo Domingos Rebelo.
Assim, ao todo, serão entre “150 e 200” os elementos que pisarão o palco da iniciativa, trazendo os dançares e as sonoridades que outrora ecoaram no passado e - também por força destes cinco grupos - fazem questão de perdurar no presente.
O Açoriano Oriental questionou Pedro Almeida
sobre quantas edições ao certo o evento já somava, mas, e apesar de
pertencer ao grupo anfitrião há mais de duas décadas, disse ser difícil
precisar. No entanto, o que sabe efetivamente é que, com o passar dos
anos, o interesse junto do público começa a ser maior e, de edição para
edição, o Pinhal da Paz vai acolhendo mais gente, por ocasião do
Festival das Azáleas. “Todos os anos têm superado as nossas expectativas
(...) e temos tido uma média de 1500 a 2000 pessoas a frequentarem o
parque naquele dia”, deu conta o responsável.
E, desde que os céus se
abriram às companhias aéreas de baixo custo e também a partir do
momento em que o rancho começou a apostar em novas formas de comunicar o
evento, há outro dado digno de nota: “ outras pessoas começam a visitar
a reserva e muitas delas são turistas (...) Tem sido muito empolgante
e, por essa razão, a cada ano, renovamos as energias para mais uma
edição” do Festival das Azáleas, afirmou o presidente da direção do
rancho.