Autor: Lusa/AO online
O número dois do FMI, David Lipton, lamentou a impressão geral "perigosa" de que os responsáveis políticos esgotaram as opções para relançar o crescimento ou não tenham vontade de o fazer e recomendou uma expansão dos esforços, nomeadamente a nível orçamental, monetário e mais reformas estruturais.
"A tarefa de relançar o crescimento cabe principalmente às economias mais desenvolvidas", que dispõem de mais margem de manobra orçamental, considerou, num discurso proferido em Washington.
"Os riscos que ameaçam o crescimento são claramente mais acentuados e a necessidade de ações mais fortes e concertadas reforçou-se", adiantou.
O responsável do FMI apontou "a volatilidade nos mercados financeiros" e a queda dos preços das matérias-primas como motivos de inquietação para o crescimento mundial e sublinhou também a significativa saída de capitais das economias emergentes.
Com todas as incertezas que envolvem a economia mundial, Lipton reconheceu que as últimas previsões do FMI podem já não ser válidas, o que indica que pode haver uma revisão em baixa das previsões do Fundo, que em janeiro apontava para um crescimento de 3,4% em 2016, duas décimas abaixo do que previra em outubro passado.
O FMI vai divulgar novas previsões em abril, por ocasião da sua assembleia de primavera.