Açoriano Oriental
Final da Taça da Liga pode vir a ser disputada em Macau
O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, avançou hoje a possibilidade de a final da Taça da Liga poder vir a ser disputada em Macau.
Final da Taça da Liga pode vir a ser disputada em Macau

Autor: Lusa/AO Online

 

“Gostaríamos muito de poder potenciar, e que a nossa [final] Taça da Liga pudesse pela primeira vez ser realizada em espaço que não fosse o espaço português, quem sabe aqui em Macau, seria um pontapé de saída muito importante, obviamente com o apoio do senhor cônsul, que connosco tem partilhado estas ideias”, disse Pedro Proença.

O presidente da LPFP falava aos jornalistas em Macau, no final de uma visita de sete dias à China, que incluiu a negociação para o eventual patrocínio da II Liga pela empresa chinesa Ledman, com sede em Shenzhen, uma cidade chinesa próxima de Hong Kong.

A possibilidade de a final Taça da Liga ser disputada em Macau foi invocada por Pedro Proença no âmbito da estratégia de internacionalização e de sustentabilidade da atual direção.

“No espaço de tempo em que nós estamos a desenvolver a nossa atividade, os direitos televisivos valiam 80 milhões de euros e passaram a 200 milhões. A II Liga, que era uma liga insustentável e que estava em falência técnica, conseguiu que os direitos televisivos fossem potenciados, conseguiu agora um princípio de patrocinador”, afirmou.

“O trabalho está a ser desenvolvido, está a ser feito com sustentabilidade e com estratégia e, todos imbuídos do mesmo espírito, temos a certeza de que o futebol português deixará o lastro negativo que no passado muito próximo aconteceu. E portanto, é a mudança de uma nova página, de um paradigma verdadeiramente profissional”, sublinhou.

Pedro Proença disse ainda que durante a atual época desportiva a Liga Portuguesa de Futebol Profissional prevê um resultado positivo de 1,5 milhões de euros.

O antigo árbitro internacional fez um balanço positivo da visita à China: “Com esta viagem, o que conseguimos, e tivemos a perceção clara, é a de que o futebol português tem realmente condições únicas para, se reposicionado, de poder alcançar feitos nunca antes alcançados, e enquanto presidente [da LPFP] estou extremamente satisfeito”.

Questionado sobre um eventual maior controlo sobre as críticas feitas aos árbitros portugueses, à semelhança do que acontece noutros campeonatos europeus, Pedro Proença defendeu a revisão dos atuais regulamentos.

“Há uma convicção clara de que não poderemos dizer mal do produto que queremos vender. Da minha parte, serei o primeiro a defender esta tese e tudo farei para que os nossos regulamentos penalizem quem não trata bem aquilo que é hoje uma atividade e uma indústria que temos de defender”, afirmou.

Já sobre a ausência de árbitros portugueses no Europeu de futebol de 2016, em França, disse que se trata de “um período de transição” e que “é preciso dar espaço a esta nova geração”, mostrando-se convicto de que o próximo Campeonato do Mundo, em 2018, na Rússia, terá árbitros portugueses.

“Ainda ontem [quinta-feira] fui confrontado com um pedido em que se solicitavam árbitros portugueses para poderem arbitrar nas competições chinesas e, portanto, se mais não houvesse, é um elogio da competência dos nossos árbitros”, disse.

 

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