Autor: Lusa/Ao online
"O FAZ é composto por um grupo de voluntários, que pretende chamar a atenção para uma realidade que, por vezes, nos é muito distante, mas é muito preocupante, que é o tráfico de pessoas", referiu à agência Lusa a responsável pelo projeto, Frederica Azevedo, que se propõe angariar fundos para a AMIC, com a venda de peças de pano de pente, tradicional da Guiné-Bissau.
Frederico Azevedo afirmou a necessidade de sensibilizar para "a situação na Guiné-Bissau, para um grupo de 1.100 crianças talibé, enviadas pelos pais para estudar Alcorão fora do país e que, infelizmente, e não raras vezes, acabam por entrar nas redes de tráfico e ficam submetidas a exploração laboral e mendicidade durante muitos anos".
Intitulada "100 peças, 100 por cento voluntariado, 100 por cento de fundos para a AMIC", a campanha consiste na venda de 100 peças de pano de pente, para que se possa apetrechar um centro de acolhimento da associação de apoio e reabilitação de crianças, na Guiné-Bissau.
A venda permitirá "comprar uma arca frigorífica, alguns computadores portáteis, reabilitar o parque infantil de um dos centros de acolhimento e comprar baterias para painéis solares".
A FAZ convidou estilistas para a criação de peças, entre os quais três criadores guineenses: Alfa Cante, que foi considerado o melhor estilista da África Ocidental em 2015, Pérola Correia e D.Vaz (roupa para jovens, com peças únicas).