Autor: Lusa/AO Online
Segundo explicou à Lusa o comandante local da Polícia Marítima, Rafael da Silva, a droga foi submetida a testes rápidos que revelaram tratar-se de "canabinoides", mas adiantou que serão feitas, posteriormente, outras peritagens ao produto.
A Polícia Marítima enviou para o local três mergulhadores que bateram a costa, à procura de mais algum fardo que pudesse ter sido transportado pelas correntes marítimas, que têm estado predominantemente do quadrante sul.
"O facto deste estupefaciente ter vindo dar à praia de Porto Pim deve-se ao mar de sudoeste, que ao longo de vários dias se tem feito sentir", recordou Rafael da Silva, acrescentando que "existe a possibilidade de se encontrar mais qualquer coisa" no local.
O comandante local da Polícia Marítima disse desconhecer, para já, a origem do fardo encontrado esta manhã, mas adiantou que a quantidade de algas agarradas ao fardo "apontam para que esteja no mar há mais de seis meses", o que significa que "não se trata de nenhuma operação recente".
As autoridades marítimas dizem estar, mesmo assim, atentas ao movimento de embarcações de recreio que atravessam o Atlântico Norte, com o intuito de transportar estupefacientes, e que fazem dos Açores um ponto de passagem obrigatório.
"É do conhecimento geral que existe transporte de droga, com recurso a embarcações de recreio e não só, no trajeto entre as Américas e a Europa", admitiu Rafael da Silva, recordando que os Açores, "pela sua localização geográfica, acabam por ser um ponto de passagem natural".
A Marina da Horta, na ilha do Faial, recebe todos os anos mais de um milhar de iates, a maioria dos quais estrangeiros, que atravessam o Atlântico Norte.