Autor: LUSA/AOnline
O “bis” de Falcão elevou-o à condição de melhor marcador do campeonato e ajudou os “dragões” a subir ao topo da tabela, depois de uma exibição tranquila, observada “in loco” por Carlos Queiroz, seleccionador nacional.
O treinador André Villas-Boas, seguindo a máxima de em equipa que ganha não se mexe, manteve o mesmo “onze” com que iniciou a partida com o Genk, mas logo no segundo minuto de jogo ficou privado de Ukra.
O jogador, chamado à titularidade para colmatar a ausência de Hulk, por problemas familiares, ficou maltratado após um choque de cabeças e teve que ser rendido por Souza, que se posicionou no miolo e “empurrou” Belluschi para a lateral.
O jogo teve um início quezilento e sem ocasiões de perigo, mas desde logo ficou a ideia de que o Beira-Mar, tal como o treinador Leonardo Jardim prometera, não ia ao Dragão “estacionar o autocarro” à frente da baliza.
O FC Porto, com posse de bola, mas sem conseguir imprimir velocidade e profundidade ao seu jogo, teve de esperar 22 minutos, e depois de ceder dois pontapés de canto ao Beira-Mar, para criar uma potencial situação de perigo, mas Varela atrapalhou-se.
Belluschi, aos 23 minutos, obrigou o guarda-redes Rui Rêgo a mostrar serviço, numa espécie de antecâmara do golo do colombiano Falcao, aos 26, numa entrada fulgurante de cabeça a um cruzamento de Álvaro Pereira.
O Beira-Mar não acusou o golo sofrido, muito pelo contrário, e no espaço de seis minutos, aos 32 e 38, criou duas situações de muito perigo para a baliza defendida por Helton e em ambas as vezes por Wilson Eduardo.
O FC Porto dilatou a vantagem ainda antes do intervalo e já nos “descontos”, por Belluschi (2-0), aos 45+1 minutos, na conversão de forma irrepreensível de um livre em posição frontal à baliza de Rui Rêgo, que ainda se estirou.
A segunda parte principiou com o guarda-redes Helton a negar o golo uma vez mais a Wilson Eduardo e com os portistas, aos 52 minutos, a reclamarem pela marcação de uma alegada grande penalidade por derrube a Varela.
Este foi, contudo, o canto do cisne do Beira-Mar, já que se seguiu um punhado de oportunidades para o FC Porto dilatar a vantagem, por Fernando, 70, Belluschi, 73, Falcao, 74 – numa perdida incrível – e 77 minutos.
Falcão tornou-se o melhor marcador do campeonato O FC Porto alcançou o 3-0, novamente por Falcao, aos 81 minutos, numa jogada conduzida por Rúben Micael, e até ao apito final do encontro dispôs de mais duas ou três ocasiões para incomodar o guarda-redes Rui Rêgo.