Açoriano Oriental
EUA adiam para 2018 recrutamento de pessoas transgénero para as Forças Armadas
O Pentágono anunciou, esta sexta-feira, um adiamento de seis meses, até janeiro do próximo ano, do recrutamento de pessoas transgénero para servirem nas Forças Armadas dos Estados Unidos.
EUA adiam para 2018 recrutamento de pessoas transgénero para as Forças Armadas

Autor: AO/Lusa

 

O secretário da Defesa norte-americano, James Mattis, aprovou uma “recomendação” para “adiar o acesso dos candidatos transgénero às Forças Armadas até 01 de janeiro de 2018”, informou, em comunicado, a porta-voz do Pentágono Dana White.

Durante esse período, vão ser revistos os planos de adesão por parte de pessoas transgénero e avaliados os “impactos” da sua integração nas Forças Armadas.

Segundo estimativas do Departamento da Defesa, atualmente já prestam serviço militar entre 2.500 e 7.000 pessoas transgénero entre os 1,3 milhões de militares norte-americanos no ativo, os quais declaram a sua orientação já depois de terem sido integrados.

Até ao ano passado, arriscavam ser expulsos se revelassem a sua orientação sexual.

A decisão de James Mattis foi conhecida apenas horas depois da data limite – de 01 de julho de 2017 – fixada pela administração do anterior Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para começar a recrutar pessoas transgénero para as Forças Armadas.

O Pentágono anunciou, em junho do ano passado, que os transexuais iam deixam de ser impedidos de servir abertamente no exército dos Estados Unidos.

A abolição da proibição é “a coisa certa a fazer, e é mais um passo para se garantir que se continua a recrutar e se mantêm pessoas qualificadas”, afirmou o então secretário da Defesa, Ashton Carter.

Ao abrigo da nova política, a aplicar de forma faseada e que devia entrar hoje em vigor, o exército não pode então demitir ou impedir indivíduos transexuais de se alistarem devido a cirurgias de mudança de sexo ou à sua identidade de género.

O primeiro passo para o fim da discriminação por orientação sexual nas Forças Armadas foi dado em setembro de 2011, quando o Congresso, na sequência de uma decisão judicial, cancelou a política ‘Don’t ask, don’t tell’ (‘Não perguntar, não dizer’), implementada durante a administração do democrata Bill Clinton (1993-2001), que proibia soldados homossexuais de falar abertamente da sua orientação sexual.

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