Açoriano Oriental
Estudo sobre consumo de media vai permitir monitorizar setor para o futuro
O presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), Carlos Magno, afirmou hoje que o estudo "Públicos e consumos de media" é o primeiro que "pretende monitorizar o setor para o futuro".

Autor: Lusa/AO Online

O estudo 'Públicos e consumos de media', que contém informação sobre o consumo de notícias e as plataformas digitais em Portugal e em mais dez países, encomendado pela ERC, foi hoje divulgado em Lisboa.

"O estudo não nos diz muita coisa de novo, mas confirma aquilo que nós suspeitávamos e que tínhamos impressão que estava a acontecer. Nesse sentido, tem características científicas, com uma amostra suficientemente larga", disse, salientando que o mesmo tem "rigor académico".

Este estudo "vai seguramente continuar no próximo ano, vai ser um estudo por ano", onde serão explorados alguns aspetos que o mesmo indica, adiantou Carlos Magno.

"O estudo está registado na ERC, tem todas as características e é o primeiro que pretende monitorizar o setor para o futuro", salientou.

"É um estudo que nos diz, se for lido com inteligência, alguns dos paradoxos e tendências que os grupos de media e os jornalistas devem agora tentar explorar para que este negócio se revitalize", sublinhou Carlos Magno.

De acordo com o estudo encomendado pela ERC, a televisão continua a ser o meio de comunicação mais utilizado para consumo de notícias entre os utilizadores de Internet em Portugal.

Por outro lado, os jornais são as fontes de notícias que os portugueses mais consultam através da Internet.

"Os jornais impressos são os meios noticiosos cujo índice de consulta através da Internet é amplamente superior ao índice de consulta exclusivamente 'offline'", adianta o estudo, com base num inquérito nacional.

"O número de utilizadores que pagou para aceder a notícias 'online' no último ano é praticamente irrelevante. Apenas quatro dos inquiridos em Portugal responderam afirmativamente, de entre um conjunto de 625 utilizadores de Internet que consomem notícias", refere o estudo.

Estes quatro inquiridos representam 1%, sendo que 99% (621 inquiridos) não pagaram qualquer notícia na Internet durante o último ano.

Questionados sobre a probabilidade de pagar notícias na Internet no futuro, apenas 3% respondeu que era 'muito provável’ e 23% afirmou ser 'pouco provável'.

 

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