Açoriano Oriental
Estado Islâmico liberta 170 trabalhadores sequestrados na quinta-feira
O grupo "jihadista" Estado Islâmico (EI) libertou os 170 trabalhadores da cimenteira de Al Badiya (a leste de Damasco) que foram sequestrados na quinta-feira durante uma ofensiva na zona de Ad Dumayr, informou uma ONG no terreno.

Autor: Lusa/AO online

 

Em comunicado, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) indicou que a libertação foi possível devido à mediação de personalidades locais.

O Observatório, que na quinta-feira referiu que outros 140 trabalhadores tinham conseguido escapar aos seus captores, acrescentou que se aguarda a chegada progressiva dos funcionários libertados à localidade de Qalamoun.

No entanto, advertiu que segundo informações não confirmadas, o pessoal de segurança da fábrica e os homens leais ao regime do Presidente sírio Bashar al-Assad, que protegiam a zona e que também foram capturados, não foram libertados.

Até ao final da tarde de hoje ainda não existia confirmação oficial da libertação destes sequestrados, cujo número segundo a agência noticiosa síria Sana ascende aos 300 trabalhadores e empresários da cimenteira, e não a 170 como refere a OSDH.

A zona de Ad Dumayr, que inclui vários quartéis abandonados, está dividida entre o exército governamental e milícias aliadas, e pelo EI e grupos do Exército Sírio livre, que em simultâneo combatem os ‘jihadistas’ e o regime.

Desde terça-feira que se regista uma nova escalada de confrontos na região, quando o EI se apoderou de diversas zonas sob controlo do regime, em particular o aeroporto militar de Ad Dumayr.

O OSDH informou na quinta-feira que 20 militares do regime, incluindo três oficiais de alta patente, morreram nas últimas 24 horas ao tentarem rechaçar os ataques do EI.

Os confrontos e os bombardeamentos de artilharia e da aviação do regime terão ainda provocado 35 baixas entre os ‘jihadistas’, assinalou a OSDH, que possui uma rede de contactos no terreno.

A região de Ad Dumayr inclui uma importante base da Força aérea síria e contribui para a cobertura da área de Damasco e do seu aeroporto civil, 23 quilómetros a sudoeste desta localidade.

Atualmente permanece em vigor um cessar-fogo aceite pelo Governo de Damasco e o Alto Comité das Negociações, principal coligação da oposição síria, do qual estão excluídos o EI e a Frente al-Nursa, filial síria da Al-Qaida.

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