Autor: Lusa / AO online
A garantia foi dada pelo primeiro ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, em conferência de imprensa conjunta com o presidente da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Mahmud Abbas.
Zapatero e Abbas reuniram-se hoje em Madrid num encontro em que foi analisada a situação na região e onde acordaram criar uma Conferência Ministerial Espanha-ANP que se reunirá pela primeira vez em Espanha em julho para impulsionar a cooperação e as relações bilaterais.
O chefe do Governo espanhol garantiu aos jornalistas que Espanha vai defender o fim do bloqueio no encontro de segunda feira do Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros.
Condenando o ataque de Israel à frota humanitária que tentou chegar a Gaza, a 31 de maio, Zapatero mostrou-se confiante que em breve se possam retomar as negociações para a paz no Médio Oriente.
Recorde-se que os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia vão discutir segunda feira, no Luxemburgo, a situação em Gaza, em busca de uma posição comum sobre de que forma a Europa pode ajudar a aliviar o bloqueio israelita.
Na primeira reunião de chefes de diplomacia da UE desde o ataque militar israelita, de 31 de maio passado, a uma frota humanitária internacional que transportava ativistas pró-Palestiana e toneladas de ajuda humanitária, a situação na Faixa de Gaza dominará o encontro do Luxemburgo, desconhecendo-se todavia se os 27 serão capazes de chegar a acordo sobre um tema que habitualmente os divide.
Portugal foi um dos Estados membros que insistiu para que a questão fosse discutida na reunião de segunda feira, tendo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, dirigido a 03 de junho uma carta à Alta Representante para os Negócios Estrangeiros da UE, Catherine Ashton – que presidirá à reunião -, instando-a a dar prioridade ao processo de paz no Médio Oriente na agenda do Conselho.
Fontes diplomáticas indicaram que é difícil adivinhar o desfecho do debate – tão pouco se serão adotadas conclusões formais -, mas a ideia será examinar de que maneiras a UE poderá contribuir para melhorar o acesso a Gaza e aliviar o peso do bloqueio israelita, podendo designadamente os 27 pedir a ampliação da lista de bens autorizados a entrar em Gaza, em termos de quantidade mas também diversidade.