Açoriano Oriental
Escola Profissional do Nordeste alerta para encerramento

A direção da Escola Profissional de Nordeste alerta para o encerramento do estabelecimento se não for autorizada a abertura de um curso programado para o próximo ano letivo, numa missiva enviada à presidente do parlamento regional.

Escola Profissional do Nordeste alerta para encerramento

Autor: Lusa/AO online


No documento, disponibilizado aos partidos com assento na Assembleia Legislativa e ao qual a agência Lusa teve hoje acesso, a escola refere que a não abertura do curso de técnico de apoio à infância, que apenas registou 11 inscrições, "será causa de fecho, no imediato, desta instituição de ensino", que tem cerca de 20 anos, "com os consequentes e mais do que óbvios prejuízos" para o desenvolvimento do concelho e região.

Na missiva, a direção explica que, após ter feito a opção por aquele curso em detrimento do de técnico de gestão e programação de sistemas informáticos, na sequência de um processo de auscultação interna, procedeu à sua divulgação na imprensa, assim como junto das escolas básicas e secundárias públicas dos Açores.

Segundo a Escola Profissional de Nordeste, foi, também, solicitada a "contribuição do Centro do Emprego para o fornecimento de lista de inscritos", de forma a colmatar o número de inscrições em falta, mas, "dessa tentativa, ainda nada resultou".

"Esta escola não pode, de forma alguma, perder este curso. E, para o efeito, para a sobrevivência deste estabelecimento, há que tomar medidas ajustadas. Custe o que custar", adverte a exposição remetida à presidente do parlamento dos Açores, Ana Luís.

A Escola Profissional de Nordeste considera que para a sua manutenção e assegurar o futuro dos seus funcionários esta deve ter "as condições mínimas para poder subsistir".

"Sem a concorrência da escola básica de Nordeste, certamente, teríamos o número ideal de candidatos", lê-se na missiva, notando que a "concorrência desleal entre escolas" tem sido abordada "pela maioria das escolas profissionais" da ilha de São Miguel.

No documento, a escola profissional considera que a solução passa por autorizar a abertura do curso com os 11 inscritos, "sem, no entanto, serem aplicadas penalizações financeiras decorrentes do reduzido número de formandos".

Por outro lado, "uma vez que há formandos na escola básica e secundaria de Nordeste, inscritos em cursos de caráter profissional", a carta sugere à tutela "reencaminhar estes formandos" para o estabelecimento de ensino profissional, o que possibilitaria "o número ideal à abertura do curso".

Na eventualidade de não ser possível avançar com o curso de técnico de apoio à infância no próximo ano letivo, a Escola Profissional de Nordeste pede "a concessão de um curso do programa Reativar, uma vez que as listagens do Centro do Emprego possuem candidatos suficientes para este fim".

Fonte da Direção Regional da Educação dos Açores disse à Lusa que, "em termos pedagógicos, não tem qualquer comentário a tecer", até porque "desconhece o assunto" por não ter sido contactada sobre o mesmo.


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