Açoriano Oriental
Escalada conquista cada vez mais praticantes nos Açores (vídeo)
As formações geológicas dos Açores são palco natural para a prática da escalada que conquista cada vez mais praticantes.
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Autor: Dianne Costa

Nos últimos quatro anos, a escalada desportiva vem sendo praticada e dinamizada em São Miguel, de forma intensa por um elevado número de adultos.

A atividade já conta inclusivamente com participantes regulares, entre os quais 30% são desportistas estrangeiros que se encontram a trabalhar em São Miguel e estudantes que chegam à ilha inseridos em programas como o “Erasmus” e o “Odisseia”.

Ernesto Silva é um destes praticantes assíduos, pelo menos, há cerca de seis anos. O primeiro contacto que teve foi através de um amigo que o incentivou a experimentar, e assim dirigiu-se ao Núcleo de Escalada da Associação Os Montanheiros. Ao mudar-se para São Miguel, Ernesto encontrou um grupo de escaladores ao qual se juntou.

Segundo Ernesto Silva “com menos de 1000 euros um escalador equipa-se por muitos anos”. O equipamento necessário para um praticante desta modalidade é composto por dois tipos de materiais: o de segurança e o auxiliar, nomeadamente, cordas, arnês, pés-de-gato, que são sapatos feitos de borracha vulcanizada e freios blocantes, que impedem a queda em casos imprevistos.

Os principais veios rochosos mais procurados para a prática desportiva, situam-se na Serra de Água de Pau, junto à ribeira do Lance e na Flor da Rosa, nos Remédios.

A escalada em bloco ou boulder, rochas entre os 3 e 5 metros em que não se usa a corda e onde se procura uma ascensão de extrema e explosiva dificuldade e onde existe mais variedade em termos de saliências, é a submodalidade que mais potencial tem para atrair escaladores de alto nível à ilha de São Miguel.

Apesar de haver na ilha “muitas rochas com boas saliências para a prática”, a verdade é que não existem “vias com o grau de dificuldade exigido por muitos dos praticantes”, refere João Pereira, outro praticante de escalada.

Com o objetivo de “inovar e desenvolver a modalidade em São Miguel”, os escaladores decidiram, criar uma parceria com o Clube Kairós, como explica João Pereira.

O Clube conta cerca de 40 pessoas, um número considerado, segundo Ernesto Silva, “razoável para uma modalidade recente a ser divulgada nos Açores”.

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