Autor: Lusa/AO online
De acordo com um comunicado emitido pela autoridade marítima, o plano de remoção do navio de transporte de passageiros e viaturas, pertencente à Atlânticoline, será executado pela empresa Resolve Salvage & Fire, a mesma que removeu o combustível e os óleos que se encontravam no interior da embarcação.
"Deverá seguir-se um período negocial para finalização dos termos contratuais entre as partes", refere o mesmo comunicado, acrescentando que a estimativa é que os trabalhos no local tenham início ainda no mês de abril, "de maneira a que possam estar concluídos no final de maio".
O capitão do porto da Horta, Rafael da Silva, adianta que o plano da remoção do navio - o segundo apresentado em menos de um mês -, foi já aprovado pela autoridade marítima, depois de auscultadas diversas entidades (Câmara Municipal da Madalena, Direção Regional dos Assuntos do Mar, Direção Regional do Ambiente e Portos dos Açores, S.A).
Este segundo plano surge após a primeira empresa a quem foi adjudicado o trabalho ter alegado que a barcaça que iria utilizar para remover o navio poder demorar entre quatro a cinco meses para chegar aos Açores, situação que iria atrasar o início dos trabalhos.
Por isso, o armador do navio entregou na passada semana um plano alternativo ao Capitão do Porto da Horta para apreciação da autoridade marítima, que prevê que se mantenha o prazo inicialmente estabelecido para a remoção do "Mestre Simão", ou seja, o final de maio.
O navio Mestre Simão, construído em 2013 nos "Astilleros Armon", em Espanha, tem 40 metros de comprimento e encalhou em 06 de janeiro no porto da Madalena, ilha do Pico, numa altura em que se verificava ondulação forte.
Todos os passageiros e tripulantes saíram ilesos, mas as causas do acidente ainda não são conhecidas.