Autor: LUSA/AO online
"Entre estes trabalhadores há dois casais. Trabalham na empresa marido e mulher. É uma questão social gravíssima", adiantou, em declarações à Lusa, Pedro Martins, dirigente sindical do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Atividades Diversas (STAD).
Segundo o sindicalista, a Força Aérea norte-americana rescindiu contrato com a empresa de segurança, na base das Lajes, na ilha Terceira, mas os trabalhadores poderiam ter sido colocados noutros serviços contratualizados com a Securitas.
"Há outros locais de trabalho em que se podiam colocar estes trabalhadores", salientou, acrescentando que o sindicato se vai reunir no início do próximo mês com a empresa para tentar evitar o despedimento coletivo.
Contactado pela Lusa, Jorge Martins, diretor de recursos humanos da Securitas disse, no entanto, que dada a dimensão da ilha é impossível colocar estes trabalhadores noutras entidades que recorrem aos serviços da empresa.
"Estes trabalhadores vão ter de ser despedidos pelo facto de haver uma cessação de contrato com o governo norte-americano. Não temos colocação na ilha Terceira para aqueles trabalhadores, mas vamos tentar arranjar colocação noutros locais do país", adiantou.
A administração norte-americana anunciou em janeiro de 2015 uma redução de cerca de 500 militares na base das Lajes e o consequente despedimento de 400 trabalhadores portugueses.
Entre 2015 e 2016 abandonaram a infraestrutura militar, na ilha Terceira, cerca de 450 trabalhadores portugueses civis, que assinaram rescisões por mútuo acordo, com direito a indemnização e reforma antecipada.