Açoriano Oriental
Liga Sagres
Empate na Madeira penaliza mais o Nacional do que o Braga
Nacional e Braga empataram a um golo, em jogo da última jornada da Liga Sagres e que não serviu os interesses de qualquer dos emblemas
Empate na Madeira penaliza mais o Nacional do que o Braga

Autor: Lusa/Aonline

O peso da responsabilidade e a dependência de terceiros, retirou qualidade à partida, sempre disputada sob o signo do nervosismo.
A primeira parte foi jogada sempre com muitas cautelas de parte a parte.
Com o jogo pouco vivo no relvado, a animação aconteceu primeiro nas bancadas, quando Benfica e Guimarães marcaram, dando azo a explosões de alegria, tanto dos adeptos locais, como dos cerca de quatrocentos apaniguados bracarenses que viajaram desde o Minho.
Manuel Machado, que perdera o central Felipe Lopes no aquecimento, devido a uma lesão, foi também obrigado a mexer na equipa logo aos 11 minutos, quando Luís Alberto se lesionou, proporcionando a entrada de Juliano.
Todos estes factores retraíram o conjunto madeirense, mas os minhotos não aproveitaram os azares do adversário, sempre muito atentos defensivamente.
Os dois guarda-redes foram praticamente espectadores na etapa inicial, embora a equipa de Domingos Paciência fosse sempre mais perigosa que o adversário, mas pouco clarividente em termos de finalização.
Mesmo assim, aos 37 minutos, Paulo César falhou de forma incrível frente a Bracali, após uma assistência de Mateus, num lance iniciado em Alan.
Na etapa complementar, o jogo modificou-se, para melhor, fruto de uma desinibição notória dos intervenientes e da necessidade imperiosa em arriscar.
Os madeirenses surgiram mais soltos e objectivos, criando embaraços a defesa bracarense que viveu a espaços alguma instabilidade.
Se numa primeira ameaça à baliza contrária, Edgar Silva falhou o alvo, à segunda, aos 51 minutos, o avançado do Nacional não perdoou, encaminhando a bola para o fundo das redes de Eduardo, após um cruzamento de Patacas.
Em desvantagem no marcador e inconformado com a atitude da sua equipa, Domingos Paciência lançou Hugo Viana e Renteria, aos 53 minutos.
As alterações produziram o efeito desejado, aos 56 minutos: Hugo Viana assistiu Renteria e o colombiano bateu Bracali.
Aos 62 minutos, o mesmo Hugo Viana, em posição privilegiada, obrigou o guarda-redes do Nacional a uma defesa apertada.
A partida vivia então o seu melhor período, com os lances de ataque a surgirem em grande número.
Aos 65 minutos, Cléber tomou a iniciativa e rematou de muito longe, com Eduardo a corresponder com uma boa intervenção.
Aos 72 minutos, nova explosão nas bancadas do Estádio da Madeira, com os adeptos do Braga a festejarem efusivamente o tento do Rio Ave, na Luz.
Aos 77, porém, eram os do Nacional a fazerem a festa com o segundo tento “encarnado”, mas a esmorecerem logo de seguida com o tento do Marítimo que deixava o Nacional fora da Europa.
Como o Nacional dependia de mais um golo para chegar ao objectivo, os últimos instantes do jogo foram passados na área bracarense. Uma autêntica asfixia que terminou com o apito do árbitro.

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