Açoriano Oriental
Elétrica dos Açores terminou 2013 com lucros de 16ME
A Elétrica dos Açores (EDA) terminou 2013 com lucros de 16 milhões de euros, tendo o grupo reduzido a sua dívida bancária, nos últimos três anos, em cerca de 100 milhões de euros, segundo o "Relatório e Contas" do ano passado.
Elétrica dos Açores terminou 2013 com lucros de 16ME

Autor: Lusa/AO Online

 

No documento, a que a Agência Lusa teve acesso, o presidente do Conselho de Administração da EDA refere que “após o período crítico de 2012, em que os juros da dívida chegaram a atingir valores máximos de ordem dos sete por cento voltou-se a uma aparente normalidade em que os juros da dívida se situam abaixo dos quatro por cento”.

Duarte Ponte, antigo secretário regional da Economia, sustenta que, perante a “situação adversa” do país, o Grupo EDA reagiu reduzindo o ritmo de investimento, racionalizando custos e alienando participações, fundindo ou reestruturando empresas, sem descurar o aumento da produção de energias renováveis, que atingiram um recorde de penetração de 34,5%, e melhoria contínua da qualidade do serviço prestado aos clientes.

O relatório e contas 2013 do Grupo EDA revela que o investimento total realizado no segmento eletricidade atingiu cerca de 34 milhões de euros, sendo que deste montante 31% foram utilizados no reforço do sistema eletro-produtor, enquanto 27,8% corresponderam ao investimento na rede de transporte e distribuição de modo a garantir a continuidade e qualidade do fornecimento de energia elétrica.

O presidente da EDA adianta na sua mensagem publicada no documento que à exceção do Corvo e da Graciosa, nas restantes ilhas açorianas a produção de energia eólica “já está muito próxima do seu limite técnico”, sendo que no caso de S. Miguel e Terceira “uma parte já não entra na rede durante o período do vazio”.

Ponte refere, ainda, que no caso da Graciosa a EDA aguarda o investimento da Younicos, que irá colocar a penetração das energias renováveis na produção de eletricidade daquela ilha à volta dos 65%. No caso do Corvo, diz existirem já condições para analisar os aerogeradores que melhor se coadunam com as características de acessibilidade e consumo da mais pequena ilha do arquipélago.

O Grupo EDA detém na região dez centrais termoelétricas, com uma potência total instalada de 219 mega watts (MW), sete parques eólicos, com uma potência instalada de 23 MW, onze centrais hídricas, com uma potência total de 6,8 MW e duas centrais geotérmicas, com uma potência de 23,0 MW.

O relatório e contas revela, também, que no último ano o consumo de energia no arquipélago dos Açores baixou 1,6% comparativamente com 2012, uma diminuição de procura verificada em ambos os níveis de tensão (média e baixa).

Apesar disso, a faturação da energia elétrica aumentou 1,4%, atingindo o montante total de 105.553 mil euros, em resultado do acréscimo do preço médio de venda em 3,1%.

Em 2013, a rede de distribuição da EDA abasteceu um total de 121.836 clientes, dos quais cerca de 249 eram domésticos, 118 industriais e 82 referentes a comércio e serviços.

O Governo dos Açores é o maior acionista da EDA (50,1%), seguido da Energia e Serviços dos Açores, SGPS, S.A (ESA) (39,7%) e EDP (10%).

Além da Eletricidade dos Açores (EDA), o grupo conta com outras empresas, como a EDA Renováveis, Geoterceira, Globaleda, SEGMA, Norma Açores e Controlauto.

O Grupo EDA tem no total 980 trabalhadores, o que representa um aumento de 5,3% relativamente ao final de 2012.

 

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