Açoriano Oriental
Covid-19
"É fundamental" que cidadãos confiem nas vacinas aprovadas

A diretora executiva da Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa), Emer Cooke, disse que “é fundamental” que os cidadãos confiem nas vacinas da Covid-19 aprovadas, estando a ser avaliados os efeitos secundários da desenvolvida pela AstraZeneca.

"É fundamental" que cidadãos confiem nas vacinas aprovadas

Autor: Lusa/AO Online

“A confiança nas vacinas é fundamental para nós, a confiança dos cidadãos em que os produtos que autorizamos são seguros”, disse Emer Cooke, numa videoconferência de imprensa a partir da sede da EMA, em Amesterdão.

Um perito da agência, por seu lado, explicou que a análise da ligação entre episódios de tromboembolismo e a vacina da AstraZeneca para a Covid-19 combina estatística e exames de casos individuais.

“Estamos a analisar quantos episódios de tromboembolismo ocorreram em pessoas vacinadas e a recolha é tanto de dados estatísticos como da examinação dos casos individuais” em que houve formação de coágulos sanguíneos ou outros efeitos, disse Peter Arlett.

“Estatisticamente, o número de casos aponta para um efeito muito raro e nem sabemos ainda se há uma relação de causa e efeito com a vacina da AstraZeneca”, sublinhou.

“Se houver uma relação causa efeito, e sublinho o se, temos oportunidade de avaliar como reduzir o risco”, acrescentou.

Os resultados do estudo serão apresentados na quinta-feira à tarde.

Questionada sobre o número de problemas relativos a coágulos do sangue, a responsável da EMA referiu que, até sexta-feira, tinham recebido informação de “30 casos de problemas de episódios de tromboembolismos identificados em cinco milhões de pessoas vacinadas”, adiantando que a EMA pediu aos Estados-membros para enviarem “informação mais detalhada possível” sobre possíveis efeitos secundários da vacina.

Emer Cooke, reiterou, que confia na segurança e eficácia da vacina, baseada em avaliação científica adequada.

“A nossa avaliação é guiada pela ciência e independência”, sublinhou.

Na segunda-feira, as autoridades de saúde portuguesas decidiram suspender o uso da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 por "precaução".

A decisão foi anunciada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pela autoridade do medicamento (Infarmed) e surge após vários países europeus também já terem suspendido a administração desta vacina devido a relatos de aparecimento de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas.

Espanha, Itália, Alemanha, França, Noruega, Áustria, Estónia, Lituânia, Letónia, Luxemburgo e Dinamarca, além de outros países, incluindo fora da Europa, já interromperam por “precaução” o uso da vacina da AstraZeneca, após relatos de casos graves de coágulos sanguíneos em pessoas que foram vacinadas com doses do fármaco da AstraZeneca.

A empresa já disse que não há motivo para preocupação com a sua vacina e que houve menos casos de trombose relatados nas pessoas que receberam a injeção do que na população em geral.

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