Autor: Paulo Faustino
Luísa Teves diz, por exemplo, que as chuvas têm engrossado os caudais de água que vêm da montanha de uma forma de que "não há memória de acontecer, concentrando-os em sítios que não foram preparados" do ponto de vista da drenagem de águas pluviais. A situação é, para a moradora, de tal maneira grave que teme pela integridade da sua quinta e moradia, pois "tenho a pouca sorte de ter uma levada de água que passa por trás da propriedade". Um "perigo" que se esconde por trás da casa e espreita Vila Franca do Campo. A queixosa afirma que, até à construção das estradas Scut, todas as águas provenientes das chuvas espalhavam-se por vários regos que ligavam às ribeiras existentes. E a seguir disso? "No meu caso, toda esta água está canalizada para uma levada de 60 centímetros de diâmetro, ou seja, a levada está a deixar de existir de dia para dia". E lembra que, perante um dia de maior precipitação, "mais a levada fica deteriorada porque não consegue aguentar o caudal de água que recebe. É uma coisa com mais de 100 anos, foi feita com muito cuidado, dispersando a água por vários sítios. Neste momento, está concentrada por trás da minha propriedade...", lamenta.