Açoriano Oriental
Douro Azul mantém interesse no Atlântica e espera notificação
A Douro Azul mantém o interesse no Atlântida e aguarda ser notificada pelos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) após o segundo incumprimento do armador grego que venceu o concurso para a venda do navio.

Autor: Lusa/AO Online

 

Em declarações à Lusa, o presidente da empresa turística Douro Azul, Mário Ferreira explicou que "só soube do que se está a passar pela comunicação social" e que vai "aguardar serenamente pela informação oficial do que se está a passar".

A Thesarco Shipping não pagou hoje os quase 13 milhões de euros que tinha proposto para a compra do Atlântida, navio que o Governo dos Açores encomendou aos ENVC depois de terminado o segundo prazo atribuído ao armador grego para pagar o Atlântida sem que o tenha feito.

O programa do procedimento lançado em março passado pela administração dos ENVC para a venda do navio, que o armador grego venceu, prevê a possibilidade de adjudicação ao segundo classificado, a Mystic Cruises, do grupo Douro Azul (cruzeiros turísticos) por um valor que ronda 8,750 milhões de euros.

"Vou esperar pela notificação porque já quando foi dos atrasos dos gregos nunca fomos oficialmente informados de nada", sustentou.

Mário Ferreira garantiu continuar a ter "muito interesse" e "vontade" na aquisição do ferryboat mas adiantou que irá "repensar e revalidar" todo o processo assim que seja notificado da adjudicação à Mystic Cruises.

"A Douro Azul já tinha como dado adquirido que o navio ia a caminho da Grécia mas tenho que ver se é verdade que a empresa é mesmo convidada a adquiri-lo para encetar todas as diligências nesse sentido", sublinhou o empresário.

Admitiu que as condições de financiamento junto da banca não são as mesmas do que há cerca de quatro meses quando apresentou a proposta ao concurso público e que o timing também não é "o mais propício".

"Estamos quase em agosto e o processo vai ser mais lento mas a Douro Azul vai conseguir dar a volta para comprar o navio", sustentou.

Se o negócio se concretizar o empresário adiantou que o Atlântida irá operar fora do país apontando três destinos possíveis, o Mediterrâneo (Malta), Ilhas Galápagos (Equador) e a Amazónia (Brasil).

Além do armador grego e do grupo português, concorreu ainda ao concurso público o consórcio MD Roelofs Beheer BV e Chevalier Floatels BV (empresas holandesas representadas por um grupo espanhol) que apresentou a proposta mais baixa de todas que ronda os quatro milhões de euros.

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