Açoriano Oriental
Dezenas de milhares recordam em Beirute o assassínio do ex-primeiro ministro Rafic Hariri
Dezenas de milhares de apoiantes da maioria governamental libanesa, apoiada pelo ocidente, juntaram-se hoje em Beirute para recordar o assassínio do ex primeiro ministro Rafic Hariri a 14 de fevereiro de 2005.

Autor: Lusa / AO online

“Estamos aqui por Rafic Hariri e por todos os outros libaneses que foram assassinados”, explicou Suraya Saleh, uma mãe de dois filhos que veio de Naameh, sul de Beirute, para participar na concentração.

“Hariri era nosso pai, o pai de todos os libaneses”, adianta esta libanesa.

O assassínio de Rafic Hariri, que morreu num atentado com viatura armadilhada juntamente com outras 22 pessoas a 14 de fevereiro de 2005, provocou o aparecimento de uma coligação apoiada por Washington e Riade que foi denominada “coligação de 14 de Março” numa referência a uma manifestação anti-síria que se realizou naquela data.

“Nós esperamos uma manifestação pacífica que una os libaneses de todas as confissões”, indicou o secretário-geral da coligação 14 de março antes da realização da concentração de hoje em Beirute.

A pressão internacional e um importante movimento de protesto popular conduziram à retirada das tropas sírias do Líbano depois de 29 anos de presença.

O filho do ex primeiro ministro, Saad Hariri, dirige esta coligação apoiada pelo ocidente e também é o chefe de um governo de unidade nacional, que inclui a antiga oposição conduzida pelo Hezbollah e apoiada pela Síria e pelo Irão.

“Foi duro para os libaneses assistir aos compromissos efectuados para formar o governo de unidade”, indicou o secretário-geral do 14 de Março, Fares Sueidi, recordando os meses de negociação que precederam a formação do governo.

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