Açoriano Oriental
Delegação da ACAPO nos Açores quer acesso facilitado aos serviços de saúde
O presidente da Delegação dos Açores da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), Pedro Resendes, anunciou que vai reivindicar junto do Governo Regional "melhores acessos" aos serviços de saúde para os associados.
Delegação da ACAPO nos Açores quer acesso facilitado aos serviços de saúde

Autor: Lusa/Açoriano Oriental

 

“Vamos desafiar o secretário regional da Saúde para dar melhores condições de acesso aos serviços de saúde. Não é aos edifícios, mas sim à saúde em sim, através de acordos”, afirmou à agência Lusa Pedro Resendes, que assume no sábado o seu terceiro mandato à frente da delegação.

Pedro Resendes especificou que vai solicitar na próxima semana uma audiência à tutela para definir, entre outras coisas, o acesso “com maior facilidade” dos cegos e pessoas com visão reduzida aos serviços de oftalmologia nos três hospitais dos Açores, localizados nas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial.

Por outro lado, o responsável da ACAPO nos Açores referiu que ambiciona que outros serviços de saúde sejam mais acessíveis do ponto de vista financeiro para as pessoas que tenham este tipo de problemas.

Criado em 1995, o núcleo de São Miguel, que depois foi transformado em delegação dos Açores da ACAPO, conta atualmente com 80 sócios em oito das nove ilhas do arquipélago.

O dirigente estima que existam cerca de 130 cegos e pessoas com baixa visão na região, com exceção da mais pequena ilha do arquipélago, o Corvo.

Neste mandato, que termina em 2020, Pedro Resendes quer que a delegação da ACAPO tenha ainda mais visibilidade, pelo que vai promover a realização de iniciativas que contribuam para sensibilizar o público para a cegueira e as dificuldades com que se debatem as pessoas que sofrem deste problema.

“Precisamos sair mais do nosso cantinho físico e passar para o público a nossa mensagem”, sustentou Pedro Resendes, que lamentou que ainda existam pessoas cegas e com visibilidade reduzida nos Açores que se auto estigmatizam.

Segundo disse o responsável, de 43 anos, com cegueira desde a nascença e funcionário numa empresa pública, “apesar de tudo há caminho feito, pois vários cegos nas ilhas já tiram cursos superiores, trabalham e conseguem ser autónomos financeiramente”.

Para este ano, a ACAPO vai realizar novos cursos de Braille, para ensinar o sistema de leitura para cegos, desejando, ainda neste mandato, conseguir ampliar a sede da associação nos Açores, em Ponta Delgada, para poder acolher com “melhores condições” os associados oriundos de outras ilhas que se desloquem, por exemplo, para tratamentos médicos.

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