Açoriano Oriental
Défice das contas externas piora quase 20 vezes e atinge 933 ME no 1.º semestre
As contas externas de Portugal atingiram um défice de 933 milhões de euros no primeiro semestre, quase 20 vezes superior ao défice de 49 milhões de euros registado no mesmo período de 2015, divulgou hoje o banco de Portugal
Défice das contas externas piora quase 20 vezes e atinge 933 ME no 1.º semestre

Autor: LUSA/AO online

De acordo com uma nota estatística divulgada hoje pelo Banco de Portugal (BdP), o saldo conjunto das balanças corrente e de capital foi negativo em 933 milhões de euros até junho, o que compara com um saldo, também negativo, mas inferior, de 49 milhões de euros observados no mesmo período de 2015.

As contas externas também pioraram em termos mensais, uma vez que entre janeiro e maio apresentaram um défice de 866 milhões de euros (era de 174,6 milhões nos primeiros cinco meses de 2015).

"Todas as componentes da balança corrente e de capital contribuíram para a deterioração do saldo, com exceção da balança de bens e serviços", que apresentou um excedente de 1.037 milhões de euros, superior aos 794 milhões de euros registados no período homólogo, refere o banco central.

Este excedente não foi suficiente para melhorar o défice da balança corrente em termos homólogos, que acabou por aumentar de 1.115 milhões de euros no primeiro semestre de 2015 para 1.540 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano.

Já que, por sua vez, o défice da balança de rendimento primário totalizou 2.906 milhões de euros (mais quase 500 milhões de euros em relação ao ano passado), devido ao "aumento dos lucros atribuídos a não residentes em consequência do aumento da rendibilidade do investimento direto", aponta o BdP.

Por fim, o excedente da balança de rendimento secundário desceu de 499 milhões de euros para 329 milhões de euros.

Por sua vez, a balança de capital viu o seu excedente diminuir de 1.066 milhões de euros no primeiro semestre de 2015 para 607 milhões nos primeiros seis meses deste ano, uma queda que o BdP explica com "a redução dos fundos financeiros provenientes da União Europeia".

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