Autor: Lusa/AO online
“Hoje é um dia histórico para a região”, disse Sérgio Marques respondendo aos deputados do parlamento regional e destacando que a presença de todos os elementos do Governo da Madeira neste debate é “uma marca do novo tempo” e do clima de diálogo implementado na região.
Segundo o governante, a região vive “um tempo novo e a realidade é outra” em termos de política, rejeitando existir qualquer postura de “crispação” entre o Governo Regional e os deputados da oposição.
O responsável rejeitou as críticas de alguns deputados sobre a “política de betão” que o executivo tem em curso, respondendo: “hoje investimos acima de tudo para garantir a segurança” das populações.
Durante o debate, o presidente do executivo madeirense anunciou que o Governo Regional “vai apresentar após o verão a proposta para reduzir a taxa de juro do empréstimo que a Região está a pagar ao Estado”, na ordem dos 2.000 milhões de euros, no âmbito do programa de ajustamento económico e financeiro da Madeira.
Miguel Albuquerque insistiu que a situação dos transportes marítimos e da ligação ferry para a Madeira “vai ser resolvida” nos quatro anos de governação, mas insistiu que “existe responsabilidade do Estado” nesta matéria, à semelhança do que acontece com a Espanha, no cumprimento do princípio de coesão económica e territorial.
Quando questionado sobre as negociações do contrato de concessão do Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM), celebrado por 30 anos e que termina em 2017, gerido pela Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (SDM), Miguel Albuquerque indicou que o executivo regional "nunca irá para uma gestão pública”, mas pretende assegurar uma maior participação da região.
Sobre a alteração da lei eleitoral, o governante referiu ser uma matéria que “exige um debate intenso, aprofundado e uma dialética no quadro parlamentar e da comissão.
Por seu turno, o secretário Regional da Saúde, João Faria Nunes, assegurou que, “neste momento, na Madeira não há falta de medicamentos” e apontou que está em curso uma segmentação das listas de espera para retirar as situações de exames complementares de diagnóstico e tratamentos que inicialmente tinham sido contabilizadas.
Já o secretário Regional da Economia, Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, afirmou que o setor turístico da Madeira “está numa boa onda, mas ainda existe muito a fazer”, realçando que muitas das políticas estão a ser implementadas numa intervenção concertada com outros departamentos do executivo, como a agricultura e o ambiente.
Este responsável também vincou que “não há nenhuma intenção do Governo [da Madeira] de privatizar a Horários dos Funchal [empresa de transportes urbanos coletivos de passageiros]” e que a situação da operação portuária, “montada durante 30 anos”, será alterada até o final do mandato.