Autor: Rui Jorge Cabral
O bispo D. João Lavrador afirmou que “gostava que fôssemos mais leais com o Seminário”, numa entrevista ao programa de rádio Igreja Açores, em que fez o balanço de seis anos como o 39.º Bispo de Angra, numa altura em que já está nomeado como o novo Bispo de Viana do Castelo.
Numa entrevista que foi também ontem emitida na Antena
1/Açores e no Rádio Clube de Angra, o bispo D. João Lavrador afirmou o
seu interesse pelo Seminário. “Agradeço a resistência e a coragem dos
padres e professores; o orgulho que tenho em que esta diocese tenha um
Seminário, que é tão elogiado por outros seminários e por outras
dioceses; seria bom que também nós sentíssemos este orgulho”, disse D.
João Lavrador.
Contudo, o antigo Bispo de Angra, agora apenas nas
funções transitórias de administrador da diocese, afirmou também que
“gostava que fôssemos mais leais com o Seminário. O esforço é grande. O
Seminário valorizou-se: renasceram as Jornadas de Teologia, fez-se uma
revista cientifica; ainda pode continuar abrindo-se à lecionação de
outros professores de Teologia de outras escolas de referência que podem
vir cá. Com o digital é tudo mais fácil”.
Por isso, D. João Lavrador afirmou esperar “podermos chegar ao tempo de uma filiação a uma universidade pontifícia sem pôr em causa a sua existência nos Açores”.
O
bispo D. João Lavrador afirma também sair da Diocese de Angra de
consciência “tranquila”, embora reconheça que “não me pertence fazer
avaliação; está tudo apontado sobre o que eu entendo ser uma igreja
diocesana, mas falta concretizar e amadurecer”. Recorde-se que na
passada semana, D. João Lavrador foi nomeado Bispo de Viana do Castelo
pelo Papa Francisco.
Ainda sem data marcada para entrar em Viana do Castelo, D. João Lavrador voltou a confessar a “surpresa” da sua nomeação, embora reconhecendo que “há muito que existiam rumores” sobre a sua saída de Angra, aos quais garante não ter dado “grande crédito”.
O bispo D. João Lavrador lembrou ainda na entrevista algumas medidas que tomou nos Açores, como a reorganização territorial diocesana, com a criação das vigararias, em nome da promoção “de uma pastoral de proximidade”; a “valorização do Clero a vários níveis”; a “formação de leigos” e a “caminhada sinodal”.