Autor: Susete Rodrigues/AO Online
Os arquitetos dos Açores vão poder eleger, pela primeira
vez, os órgãos da Secção Regional dos Açores da Ordem dos Arquitetos,
numa eleição que está a decorrer desde o dia 17 deste mês, terminando na
próxima sexta-feira.
Uma das prioridades de Nuno Costa, candidato pela Lista C, é precisamente a implementação dessa secção regional. Nuno Costa adianta que é uma “reivindicação de longa data. Temos autonomia, temos órgãos próprios, temos legislação própria e temos nos Açores outras associações congéneres em que teremos que estar em pé de igualdade para podermos intervir na nossa sociedade”. Nuno Costa explica que, como a delegação está localizada em Ponta Delgada, a vice-presidência da Secção Regional dos Açores “será na ilha Terceira com Filipa Bettencourt, a Assembleia Geral será em São Miguel com o arquiteto Igor França, e o Conselho de Disciplina ficará sediado na Terceira com o arquiteto João Monjardino”.
Para além da criação da
secção regional, o candidato enumera ainda outros objetivos,
nomeadamente a implementação de uma plataforma eletrónica digital que
uniformize todos os procedimentos administrativos. “É sabido que duas
câmaras nos Açores têm esta plataforma, Ponta Delgada e Angra do
Heroísmo. A este propósito chegamos à fala com a presidente da
Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores (AMRAA), Cristina
Calisto, e com diretor regional da Ciência e Tecnologia, Bruno Pacheco,
e neste momento existe a vontade de trabalhar essa temática. Existem
meios financeiros que apoiam a implementação dessa plataforma”, explica o
candidato.
Um segundo ponto importante tem a ver com o ordenamento
do território, isto porque “existem câmaras que ainda não têm plano de
salvaguarda de património, não existem planos intermunicipais, muito dos
planos existentes estão obsoletos, muitos deles são de dúbia
interpretação e isso não facilita o trabalho dos arquitetos”, refere
Nuno Costa.
A reabilitação urbana e a formação são, igualmente, prioridades do candidato da Lista C porque muitos arquitetos “não sabem elaborar programas de concurso, caderno de encargos, não sabem trabalhar com normas técnicas e isto não facilita o trabalho, daí que as universidades têm que se reformular e apostar mais nessas áreas mais técnicas”. Por outro lado, Nuno Costa gostava de ver realizado o 16º Congresso da Ordem dos Arquitetos nos Açores porque “nunca existiu um congresso nas regiões autónomas e o congresso que o programa nacional prevê diz respeito ao ambiente e às alterações climáticas”, disse, sublinhando que “temos uma conjuntura favorável para que este congresso se realize nos Açores, inclusive o nosso candidato a presidente da Ordem dos Arquitetos, Gonçalo Byrne, apoia esta iniciativa”.