Açoriano Oriental
Costa diz que relação do Governo com Presidentes da República é sempre igual

O primeiro-ministro considerou esta quarta-feira que o relacionamento do Governo com o Presidente da República "é sempre igual, de solidariedade institucional", seja com o anterior, Cavaco Silva, seja agora com Marcelo, mas também "com o próximo".

Costa diz que relação do Governo com Presidentes da República é sempre igual

Autor: Lusa/AO online

António Costa falava à agência Lusa e à Antena 1 depois de ter estado reunido com a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, no âmbito do Fórum Económico Mundial, que decorre em Davos, na Suíça - um encontro em que também esteve presente o ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo, Mário Centeno.

Interrogado sobre os dois anos de atuação política de Marcelo Rebelo de Sousa após a sua eleição para a chefia do Estado português, António Costa lembrou que o atual Governo iniciou funções ainda com Cavaco Silva como Presidente da República.

"O relacionamento que temos com o Presidente da República é sempre igual: Solidariedade institucional e cooperação institucional. Foi assim com o Presidente Cavaco Silva, que nos deu posse, e tem sido assim com o Presidente que lhe sucedeu, professor Marcelo Rebelo de Sousa", respondeu o líder do executivo.

Para o primeiro-ministro, o valor da solidariedade institucional deve sempre caracterizar as relações entre os diferentes órgãos de soberania.

"Se a personalidade entre os dois [Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa] é diferente? É manifesto que é diferente, mas o Governo relaciona-se com os órgãos de soberania independentemente de quem os ocupa", disse.

António Costa fez questão de acentuar o percurso político do atual Governo minoritário socialista desde que iniciou funções, no final de novembro de 2015.

"Começámos bem com o professor Cavaco Silva e continuamos bem com o professor Marcelo Rebelo de Sousa. Continuaremos bem com um próximo Presidente" da República, defendeu.

Interrogado se há sinais de cansaço ao nível das relações entre os diferentes órgãos de soberania, tal como admitiu recentemente o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, António Costa preferiu antes passar a ideia de que Portugal, com a formação do atual Governo, "vive com normalidade, o que é saudável para o país".

"Temos de prosseguir essa trajetória de normalidade, já que o país não pode viver na dúvida ou na incerteza sobre o que vai acontecer amanhã. Desde que este Governo foi criado, o que os portugueses mais apreciam é a situação de estabilidade, não só política, mas também social e económica, com diálogo saudável entre os diferentes órgãos de soberania", sustentou.

O primeiro-ministro defendeu ainda que a democracia portuguesa tem dado sinais "de grande vitalidade, sendo a originalidade da atual solução de Governo uma boa demonstração disso mesmo".

"A forma como no parlamento foi possível gerar uma solução maioritária, que permitiu uma alternativa de políticas que têm dado bons resultados, a par com o bom relacionamento institucional entre todos os órgãos de soberania - primeiro com um Presidente da República e depois com outro -, são aspetos que as pessoas muito apreciam e que desejam que tenham continuidade", acrescentou.


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