Açoriano Oriental
Costa associa-se a apelo de Medina para que parlamento aprove leis sobre habitação

O primeiro-ministro, António Costa, associou-se esta sexta feira feira ao apelo do presidente da Câmara de Lisboa, no discurso do 05 de Outubro, para que o parlamento aprove as iniciativas legislativas sobre habitação, elogiando ainda a intervenção do Presidente da República.

Costa associa-se a apelo de Medina para que parlamento aprove leis sobre habitação

Autor: Lusa/Ao online

"Foi um excelente discurso do senhor Presidente [Marcelo Rebelo de Sousa], chamando à atenção que é necessário que os democratas todos os dias se batam para que a democracia seja viva. A democracia não é uma realidade estática. Todos os dias se constrói e se realiza", disse António Costa aos jornalistas no final nas comemorações da Implantação da República, que esta manhã decorreram na Praça do Município, em Lisboa.

Na opinião do primeiro-ministro, esta intervenção do chefe de Estado "ligou particularmente bem com o discurso do senhor presidente da Câmara de Lisboa", Fernando Medina, que "demonstrou bem a prioridade" às políticas de habitação.

"Eu queria-me associar ao apelo que o senhor presidente da Câmara de Lisboa aqui fez, para que a Assembleia da República rapidamente possa aprovar o conjunto de iniciativas legislativas que o Governo apresentou, tendo em vista não só aumentar o número de casas disponíveis para o arrendamento acessível, com forte incentivo para os proprietários as colocarem nesse regime, mas também as medidas necessárias para continuar a afirmar a habitação como um primeiro direito", concretizou.

A habitação, disse António Costa, "é uma boa demonstração de como continuando a concretizar, dia a dia, os direitos fundamentais dos cidadãos", se reforça a democracia, "cumprindo aquele apelo do senhor Presidente da República que é, dia a dia, dar nova vida, mais forte, com maior dinamismo, à nossa democracia".

O primeiro-ministro, que à chegada para as comemorações já tinha falado aos jornalistas sobre Tancos, reiterando a confiança no ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, voltou a ser questionado pela comunicação social sobre se este caso punha em causa a democracia.

"A democracia fortalece-se sempre que as instituições funcionam. E o que nós sabemos é que, quando há um crime, a justiça atua para reagir e combater o crime e apurar toda a verdade", insistiu.

Para António Costa, é preciso "garantir e assegurar que a justiça tem todas as condições para apurar a verdade até ao fim, prendendo quem roubou, punindo quem eventualmente encobriu a prática de crimes".

"Nem a senhora assistiu ao interrogatório, nem eu assisti ao interrogatório, nem tínhamos de o fazer e, portanto, não vamos estar aqui a especular com o que terá sido dito ou não terá sido dito", respondeu.

Perante a insistência dos jornalistas, o primeiro-ministro disse: "devemos manter-nos calmos quanto a isso, aproveitar este bom sol e festejar a República. Viva a República!".

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina (PS), alertou hoje, nas comemorações da Implantação da República, que o município "não consegue sozinho combater um mercado de arrendamento sem oferta", uma das preocupações centrais dos portugueses.

A edição `online´ do semanário Expresso divulgou na quinta-feira que o ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar (PJM), major Vasco Brazão, disse ao juiz de instrução da investigação à recuperação do material militar furtado em Tancos que, no final do ano passado, e já depois de as armas terem sido recuperadas, deu conhecimento ao ministro da Defesa, juntamente com o então diretor daquela polícia, da "encenação montada em conjunto com a GNR de Loulé em torno da recuperação as armas furtadas" do paiol nacional de Tancos.

Ainda na quinta-feira, em Bruxelas, o ministro da Defesa Nacional negou "categoricamente" que "tenha tido conhecimento de qualquer encobrimento neste processo".

Em 25 de setembro, a Polícia Judiciária deteve, no âmbito da Operação Húbris, que investiga o caso da recuperação, na Chamusca, em outubro de 2017, das armas furtadas em Tancos, o diretor e outros três responsáveis da PJM, um civil e três elementos do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé. Na segunda-feira chegou a Portugal e foi detido o major Vasco Brazão, que foi porta-voz da PJM e estava em missão na República Centro-Africana.

O furto de material militar dos paióis de Tancos - instalação entretanto desativada - foi revelado no final de junho de 2017. Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.



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