Açoriano Oriental
Consulado dos EUA anuncia contratações na Base das Lajes
As forças norte-americanas sedeadas na Base das Lajes, na Terceira, contrataram 11 portugueses para posições permanentes desde Agosto de 2009, estando a ser estudada a hipótese de substituir civis norte-americanos por trabalhadores desta ilha açoriana.
Consulado dos EUA anuncia contratações na Base das Lajes

Autor: Lusa / AO online
“Existe a possibilidade de alguns postos de trabalho anteriormente ocupados por civis norte-americanos serem substituídos por cidadãos locais”, refere uma nota hoje divulgada pelo Consulado dos EUA nos Açores.

A instituição norte-americana admitiu ainda que está a ser considerada a possibilidade de serem feitas novas contratações de trabalhadores portugueses para posições permanentes.

A divulgação desta nota surge no dia em que o novo acordo laboral dos trabalhadores portugueses ao serviço das forças norte-americanas na Base das Lajes está em debate no plenário da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, reunida na cidade da Horta, Faial.

Os deputados regionais vão apreciar uma petição assinada, segundo fonte sindical, por 427 dos 680 trabalhadores efectivos, que se manifestaram contra o novo acordo laboral, que tem vindo a ser também criticado pelos partidos da oposição por lesar os interesses dos trabalhadores.

Na sequência destas posições, no início de Março, o PCP/Açores defendeu que o documento deveria ser sujeito a consulta pública e o PSD/Açores apresentou quarta-feira uma proposta para que o parlamento regional se pronuncie contra o novo acordo laboral.

Em causa está o documento assinado entre Portugal e os EUA em meados de Julho de 2009, aprovado pelo governo português em Janeiro, mas que ainda tem que ser ratificado pela Assembleia da República.

A principal mudança reside na fórmula de cálculo dos aumentos salariais dos portugueses ao serviço das forças dos EUA instaladas na Base das Lajes, que deixam de ser definidos através de um inquérito salarial na ilha Terceira para serem o valor mais alto entre o aumento da função pública portuguesa e o aumento do pessoal civil do Departamento de Defesa norte-americano.

Para o governo açoriano, este novo acordo é benéfico para os trabalhadores portugueses, tendo o secretário regional da Presidência, André Bradford, considerado que o cálculo dos aumentos através do inquérito salarial era uma “camisa de força estatístico-jurídica”.
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