Açoriano Oriental
Constâncio elogia redução do défice para 3% do PIB já em 2007
O governador do Banco de Portugal, Vitor Constâncio, elogiou hoje o Governo por ter reduzido o défice orçamental para 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) já este ano.

Autor: Lusa / AO online
    O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou a 11 de Outubro que o défice orçamental português vai ficar dentro da meta imposta pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), de 3,0 por cento PIB, já em 2007, um ano antes do previsto, permitindo a Portugal deixar a lista de países com défice excessivo.

    "É um desempenho que não se esperava na Europa. Aumenta bastante a credibilidade do país junto dos mercados financeiros e ajuda à recuperação da economia portuguesa”, disse Vitor Constâncio, em declarações aos jornalistas, à margem do 2º congresso dos Economistas, que decorre no Centro de Congressos de Lisboa.

    O responsável do Banco de Portugal considerou ainda que esta previsão está dentro "do intervalo de possibilidades".

    No entanto, o responsável pelo Banco de Portugal assegurou ainda que, apesar deste "resultado notável", quer já no ano passado quer este ano, "o processo de consolidação orçamental mantém-se".

    Questionado sobre uma possível baixa de impostos, Constâncio disse que "não se justifica ainda, pois temos um caminho a percorrer para reduzir o défice que, de acordo com os objectivos traçados para 2010, deverá estar muito próximo do zero".

    "Esse caminho é ainda difícil de percorrer", por isso, o governador do Banco de Portugal recomendou "prudência" em matéria de impostos.

    O economista referiu, também, que as previsões do Governo para o crescimento económico "estão dentro do intervalo" previsto em Julho pelo Banco de Portugal, que tem um ponto médio de 2,2 por cento.

    "Estamos a começar a preparar o boletim económico para Dezembro, mas ainda não temos informação sólida nesta matéria [crescimento económico]”, disse Constâncio.

    “Nos organismos internacionais existe a ideia de que poderá haver uma muito ligeira revisão em baixa do crescimento económico, mas neste momento não avançaria com números, uma vez que a situação internacional é muito incerta neste momento", acrescentou.
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