Autor: Lusa/Ao On line
Carlos César, que foi reeleito no início de fevereiro para a liderança do PS/Açores com 99,3 por cento dos votos, não terá oposição no congresso, que contará com cerca de três centenas de participantes.
Apesar da ausência de oposição interna, o líder socialista regional deixou claro que o congresso “não será para ver o calendário passar, nem para brincadeiras”.
“É indispensável a renovação das listas”, afirmou pouco depois de ter sido reconduzido no cargo, deixando “um sinal muito claro a todos os que pecam por inércia”.
“Os meus colaboradores que são capazes de ter sentido de inovação devem continuar, mas, quando vejo que isso não é possível, mudo-os”, frisou, de forma inequívoca, o líder socialista açoriano.
Na moção que leva ao congresso, intitulada ‘Um novo ciclo de reformas para uma região sustentável e uma autonomia segura’, Carlos César faz um apelo à mobilização dos socialistas para “a resolução dos novos desafios, num novo ciclo reformista que o PS deve liderar”.
Nesse sentido, o congresso, que será encerrado domingo por José Sócrates, surge como “uma oportunidade de reflexão séria e rigorosa” para preparar o partido para um novo ciclo.
A preparação das eleições regionais de 2012 vai, por isso, começar neste congresso, sendo já certo que o candidato socialista será conhecido no primeiro semestre de 2011.
Carlos César, 53 anos, que lidera o PS/Açores desde outubro de 1994, ainda não revelou se avança para mais um mandato no governo regional ou se abre caminho à sucessão.