Açoriano Oriental
Clínica de radioncologia dos Açores entrou em funcionamento
A única clínica de radioncologia nos Açores iniciou hoje os primeiros tratamentos, dois meses após ter sido inaugurada junto ao Hospital Divino Espírito Santo, na cidade de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel
Clínica de radioncologia dos Açores entrou em funcionamento

Autor: LUSA/AO online

"Hoje só vamos iniciar dois doentes no primeiro dia de tratamentos”, disse à agência Lusa a diretora da Clínica de Radioncologia, Marisa Lobão, acrescentando que estão já referenciados pelo único hospital de São Miguel 21 doentes oncológicos.

O Centro de Radioncologia Madalena Paiva, da Joaquim Chaves Saúde, tem capacidade para tratar 500 doentes por ano, o que irá evitar a deslocação de pacientes oncológicos para o continente português.

Este equipamento era inicialmente uma parceria público-privada, mas depois de ter sido recusado por duas vezes o visto pelo Tribunal de Contas, o executivo regional abandonou a ideia, passando o projeto a ser unicamente um investimento privado.

Marisa Lobão explicou que os tratamentos são indolores para os doentes, feitos recorrendo a “equipamento de ponta” numa máquina semelhante à dos TAC´s, com os doentes deitados sem se mexerem.

“Não é um tratamento doloroso. Demora 10 a 15 minutos e é repetido consoante o tempo de tratamento”, disse Marisa Lobão, adiantando que a clínica tem uma equipa técnica composta por 17 pessoas, entre médicos, enfermeiros, físicos, entre outros profissionais.

Na cerimónia de inauguração da clínica, o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, considerou na inauguração desta clínica que o “grande mérito” da obra não está na sua parte física, mas em “algo imaterial que não se consegue quantificar” e que assenta no facto de um açoriano afetado por uma doença oncológica poder recorrer a tratamentos na região, próximo do conforto da família.

Instalada nos terrenos junto ao hospital, a unidade tem uma área de implantação de mais de mil metros quadrados, com zona de exames de planeamento dos doentes, área da física e 'bunkers' de radioterapia.

Este projeto privado, que terá um polo na ilha Terceira foi reconhecido como projeto de interesse regional e contou, por isso, com o apoio do Governo Regional dos Açores no âmbito do sistema de incentivos ao investimento privado.

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