Açoriano Oriental
Cientistas encontram seis novos fatores de risco genético para Parkinson
Uma equipa internacional de cientistas identificou 24 fatores de risco genéticos, seis dos quais novos, que podem aumentar a possibilidade de uma pessoa desenvolver a doença de Parkinson, anunciou a revista científica Nature Genetics.
Cientistas encontram seis novos fatores de risco genético para Parkinson

Autor: Lusa/AO online

 

Os investigadores que trabalham em laboratórios do Instituto de Saúde norte-americano, combinaram dados de diferentes estudos que os permitiram encontrar variantes comuns, ou com ligeiras diferenças de códigos genéticos de 18.000 pacientes.

Os resultados do grupo de pesquisadores de instituições públicas e privadas internacionais, que compartilharam informações visando acelerar a descoberta de fatores de risco genético para a doença de Parkinson, “sugerem que quanto mais variantes uma pessoa tiver, maior é o risco de desenvolver a doença, em alguns casos”, refere o estudo publicado pela Nature.

Do total dos genes estudados, os pesquisadores concluíram que nove podem ser a causa de raras formas de Parkinson, doença degenerativa que provoca problemas de circulação, incluindo tremor das mãos, braços, ou pernas, rigidez dos membros e tronco, abrandou movimentos e problemas com a postura.

Através de um estudo comparado com recurso a tecnologia do “Neurox” (que contém os códigos de aproximadamente 24.000 variantes genéticas comuns que se pensa estar associada a um largo espectro de desordens neuro-degenerativas), a equipa confirmou que 24 variantes representam fatores de risco genético para a doença, incluindo seis que não haviam sido previamente identificados.

Alguns dos fatores de risco genéticos recentemente identificados estão relacionados com a doença de Gaucher, bem como alfa-sinucleína, proteína que forma aglomerados chamados corpos de Lewy nos cérebros de pacientes com Parkinson e certas doenças relacionadas.

"A fase de replicação do estudo demonstra a utilidade do uso de chip Neurox para desvendar os segredos de doenças neuro-degenerativas”, disse a investigadora Margaret Sutherland do Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Derrame, considerando que os métodos genómicos baseados em dados permite aos cientistas “encontrar a agulha no palheiro que pode levar a novos tratamentos” da doença de Parkinson.

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