Chega diz que Governo açoriano tem de mostrar que “consegue fazer melhor”
18 de abr. de 2022, 14:13
— Lusa/AO Online
Em
declarações à agência Lusa, José Pacheco salientou que era “imperioso”
existirem mudanças no executivo PSD/CDS-PP/PPM, mas disse continuar “a
achar demais” o número de membros no governo.“Com
todas as trapalhadas que houve nos últimos tempos, com Agendas
Mobilizadoras, inação no turismo, inação nos transportes marítimos,
inação na ciência e tecnologia e na cultura, esses senhores já estavam
com um pé do lado de fora”, apontou.Para
José Pacheco, para além das saídas anunciadas, também o secretário
do Mar e Pescas, Manuel São João, “era altamente remodelável”.“Ainda havia muito mais a limpar. Estou muito insatisfeito com a secretaria das Pescas”, afirmou.A
06 de abril, o deputado do Chega/Açores revelou à Lusa que “acabou” o
apoio do partido ao Governo Regional, avançando que pretende reprovar o
próximo Orçamento da região, que vai ser discutido no final do ano.Pacheco
justificou que continuava “sem ter eco das propostas” apresentadas para
viabilizar o Orçamento Regional de 2022, como as viaturas para a
corporação de bombeiros e os incentivos à natalidade, notando estar por
fazer a remodelação no executivo liderado por José Manuel Bolieiro, como
o Chega tinha exigido.Esta segunga-feira, o deputado
insistiu que o Chega “não pode estar colado a uma solução de trapalhadas
e mais trapalhadas”, mas ressalvou que cabe ao executivo demonstrar que
o partido estava “enganado” quanto ao fim do apoio.“É
bom que percebam que não fazemos ameaças vãs e que também não fazemos
as coisas às escondidas. Já dissemos o que pensávamos disto [da
governação]. Agora, está do lado do governo mudar isso e convencer-nos
de que estamos enganados ou de que conseguem fazer melhor”, afirmou.José Pacheco reforçou que “se é para fazer a continuidade do governo socialista”, o governo açoriano “não tem o apoio do Chega”.“Queremos
ver trabalho daqui para a frente. Terá de ser o governo a provar, não
ao Chega, aos açorianos, que é um governo diferente”, declarou.