Açoriano Oriental
CGTP defende aumento de salários dos trabalhadores das misericórdias

O aumento de salários e a valorização dos trabalhadores das misericórdias portuguesas foram defendidos este sábado em Fátima, concelho de Ourém, pelo secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.

CGTP defende aumento de salários dos trabalhadores das misericórdias

Autor: Lusa/Ao online

O líder sindical falava no final de um plenário dos trabalhadores da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), que aprovaram uma resolução a exigir o aumento dos salários “com valorização das carreiras profissionais e antiguidade” nas instituições a que estão vinculados.

“Temos de valorizar estes trabalhadores. Tem de se respeitar os horários de trabalho, tem de se contratar mais trabalhadores e, por outro lado, tem se aumentar os salários”, disse, em declarações à agência Lusa.

Na sua opinião, “um Portugal de futuro, de progresso e justiça social tem de olhar de outra maneira para estes trabalhadores, que dão o seu contributo todos os dias” naquelas entidades da área social.

“É indispensável que o Governo e a UMP encontrem soluções do ponto de vista do financiamento”, para que os salários sejam aumentados, preconizou Arménio Carlos, corroborando a posição da presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), Isabel Camarinha, que é também dirigente nacional da CGTP.

Ao sublinhar a necessidade de “olhar de outra maneira” para os trabalhadores das misericórdias, o líder sindical disse que os seus salários devem “ir para além de 600 euros”, tendo em conta “o serviço público que prestam a grandes camadas da população, que são as mais desfavorecidas”, entre outras especificidades.

Durante o plenário, Arménio Carlos e Isabel Camarinha estiveram acompanhados pelo coordenador da União dos Sindicatos de Santarém, Rui Aldeano.

Reunidos em Fátima, num espaço do Centro de Apoio a Deficientes João Paulo II, propriedade da União das Misericórdias, os trabalhadores aprovaram uma resolução que foi entregue ao presidente da UMP, Manuel Lemos, que participava noutra sala numa assembleia-geral da organização.

Aumento de salários e compensação pelo trabalho prestado nos feriados são algumas das revindicações.

“O pagamento com acréscimo de 100% do trabalho prestado em dia feriado, compensando devidamente os trabalhadores pelas horas que trabalharam a mais e pelo descanso que não tiveram”, reivindicam na moção aprovada, na qual também anunciam a sua participação nas comemorações do 1.° de Maio, em Santarém.

Eles são “obrigados a trabalhar nos feriados e pelo trabalho prestado nesse dia recebem apenas o valor correspondente a meio dia de trabalho”, criticam.

“Desde outubro, aguardam que a UMP responda à proposta dos trabalhadores e do CESP de revisão do Acordo de Empresa, que garanta o aumento dos salários e a normal progressão na carreira de todos os trabalhadores”, acentuam.

O documento entregue à direção da União das Misericórdias Portuguesas realça que “os salários dos trabalhadores não são revistos há vários anos, por recusa em discutir esta matéria por parte” da instituição.

A Lusa foi impedida de se aproximar das instalações onde decorriam o plenário de trabalhadores e a assembleia-geral da UMP, por agentes de segurança privada que fiscalizavam a passagem de viaturas, na via pública, a algumas centenas de metros do Centro João Paulo II, alegando que tinham instruções para manter os jornalistas afastados do local.


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