Açoriano Oriental
CGTP/Açores diz que turismo é setor com "maior precariedade laboral"
A CGTP/Açores considerou hoje que o turismo é um dos setores onde se regista "maior precariedade laboral", acrescentando que nesta atividade económica não estão a ser assinados contratos de trabalho permanentes.
CGTP/Açores diz que turismo é setor com "maior precariedade laboral"

Autor: Lusa/AOOnline

 

“Em relação a um setor que está em crescimento, o turismo, não são assinados contratos de trabalho permanentes e os que existem são sazonais, de maio até setembro”, disse o coordenador da CGTP/Açores, Vítor Silva, em conferência de imprensa em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

O sindicalista afirmou que os profissionais deste setor de atividade veem ser “aumentada a carga horária” para 16 horas diárias, havendo uma “polivalência que obriga o trabalhador a exercer mais três ou quatro tarefas” além daquela para que foi contratado.

Vítor Silva considerou que “toda a gente tem conhecimento desses dados”, reiterando que a precariedade atinge os 90% nos Açores.

Em fevereiro do ano passado, o coordenador da CGTP no arquipélago tinha informado que 90% dos contratos de trabalho celebrados na região eram precários.

Sobre as propostas de Plano e Orçamento regionais para 2017, cujo debate e votação arrancam na terça-feira na Horta, ilha do Faial, Vítor Silva reafirmou que o Governo dos Açores, liderado pelo socialista Vasco Cordeiro, tem de “aplicar, na íntegra, o Orçamento do Estado”, uma vez que quando se procedeu aos cortes impostos pela presença da ‘troika’ em Portugal o procedimento foi o mesmo.

Em causa estão normas no Orçamento do Estado relacionadas com o subsídio de refeição, trabalho extraordinário ou suplementar e trabalho noturno.

“Aquilo que também já percebemos pelas declarações do presidente do Governo Regional é que vai haver uma diferenciação entre os trabalhadores do setor público empresarial regional, havendo uns que serão contemplados pelas normas do Orçamento do Estado e outros que não, o que não é aceitável”, declarou.

Para o sindicalista, “com esta proposta, o Governo dos Açores defraudou as expectativas dos trabalhadores do setor público empresarial que, perante o Orçamento do Estado aprovado, esperavam legitimamente ver os seus direitos serem repostos”.

Vítor Silva abandona, entretanto, após cinco anos, as funções de coordenador da CGTP/Açores que elegeu, por unanimidade, como sucessor João Decq Mota, membro do conselho nacional da central sindical e coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública.

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