Açoriano Oriental
Covid-19
Cercas na ilha de São Miguel até dia 4 de maio

As cercas nos concelhos da ilha de São Miguel vão manter-se até dia 4 de maio, passando para o estado de contingência , disse Vasco Cordeiro, presidente do Governo dos Açores.

Cercas na ilha de São Miguel até dia 4 de maio

Autor: Lusa/AO Online

De acordo com Vasco Cordeiro, com a saída do país do estado de emergência, a maior ilha açoriana estará ainda, entre sexta-feira e domingo, com o estado de calamidade pública ativo "de forma a permitir a fixação de cercas sanitárias em todos e cada um dos concelhos": Ponta Delgada, Vila Franca do Campo, Lagoa, Nordeste, Ribeira Grande e Povoação.

Após esse período, e ao abrigo do Regime Jurídico da Proteção Civil da região, a ilha passará para o estado de contingência, e as cercas - implementadas há sensivelmente um mês - deixarão de estar ativas.

O presidente do Governo dos Açores apresentou hoje as medidas para as próximas semanas na região, dividindo-as entre quatro blocos: um referente a Santa Maria, Flores e Corvo, sem casos registados desde o começo da pandemia, outra para São Miguel, a ilha com maior número de infetados e a única com registo de mortes (13), mas que tem cadeias de transmissão identificadas e restritas, outro para a Graciosa, há 12 dias sem casos novos, e uma última para Pico, Faial, São Jorge e Terceira, quase todas há 28 dias sem novos infetados (o Pico chegará a este número na terça-feira).

Em todos os blocos são dadas orientações aos serviços de saúde para uma "atuação urgente" na recuperação "do serviço aos utentes de diversas patologias" que não a covid-19.

Também é globalmente recomendado o uso de máscara social "em todas as situações de deslocação na via pública ou em transportes públicos".

Para São Miguel em concreto, é autorizada, a partir de 22 de maio, a abertura de "infraestruturas e estabelecimentos comerciais, industriais e de prestação de serviços", retirando-se da lista restaurantes (exceto 'take-away'), cafés, bares e similares.

Nos casos autorizados, é sinalizada a necessidade de haver condições relativas à lotação máximas e outras medidas que venham a ser definidas pela Autoridade de Saúde dos Açores.

Em 25 de maio, segunda-feira, haverá a abertura dos serviços da administração regional, mantendo-se o regime de teletrabalho em "todos os casos em que isso seja possível".

No atendimento ao público destes serviços, o horário entre as 09:00 e as 11:00 será destinado em exclusivo para os cidadãos de grupos mais vulneráveis, nomeadamente aqueles com mais de 60 anos, grávidas ou portadores de doenças crónicas.

Nesse mesmo dia serão retomadas na maior ilha da região as aulas presenciais, "nas disciplinas sujeitas a exame nacional", para os alunos do 11.º e 12.º ano, adiantou o líder do Governo açoriano.

Já no que refere à abertura de creches, jardins de infância, centros de noite ou de convívio, o executivo diz estar a "analisar a lotação de cada uma dessas" unidades.

Museus e monumentos naturais de São Miguel reabrirão também em 25 de maio.

A restauração, por seu turno, poderá reabrir em pleno a partir de 29 de maio, uma sexta-feira, desde que "assegurado o cumprimento das condições relativas a lotação máxima e outras conexas com estas".

Aos jornalistas, Vasco Cordeiro sustentou que "não é o simples aparecimento de um caso positivo que pode levar a que" se tenha de alterar os planos de reabertura de espaços e de resposta à pandemia.

"Tão ou mais importante que isso é conhecermos o contexto epidemiológico" de eventuais novos casos, prosseguiu.

E vincou: "Se porventura surgir um caso, esperemos que não, em que não conhecemos a cadeia de transmissão, aí poderá haver a necessidade de alterar este planeamento".



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