Açoriano Oriental
Centro de observação oceânica previsto para os Açores deverá ficar na Horta
O secretário regional do Mar dos Açores considerou, em Lisboa, que o Governo central está "empenhado" na instalação de um centro de observação oceânica no arquipélago, que deverá ficar na cidade da Horta.
Centro de observação oceânica previsto para os Açores deverá ficar na Horta

Autor: Lusa/AO online

“Venho otimista em ver que não é apenas uma promessa eleitoral, mas que o Governo está verdadeiramente empenhado em instalar nos Açores um centro de verificação oceânica”, disse o secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia dos Açores, Fausto Brito e Abreu, no final de um encontro com o ministro da Ciência e Tecnologia, Manuel Heitor.

O secretário regional estacou que a ciência mundial tem “muito pouco conhecimento dos recursos e do que se passa abaixo dos dois mil metros de profundidade” e que, neste caso, a Universidade dos Açores é uma referência mundial devido à “posição privilegiada” do arquipélago próximo da crista dorsal média atlântica.

O centro de observação oceânica deverá ser “instalado na ilha do Faial, na cidade da Horta, que é a sede desse departamento de oceanografia e pescas e onde a principal investigação é feita no que se refere ao mar profundo”, afirmou.

O responsável destacou ainda que é também na Horta que o Governo Regional socialista “vai instalar uma escola do mar dos Açores, com ensino técnico, o que terá uma série de infraestruturas e dará cursos na área da robótica submarina e uma série de outras áreas que têm sinergias óbvias com os estudos científicos que se vão fazer, ligados ao mar profundo”.

No encontro com o ministro do Governo central, segundo Fausto Brito e Abreu, também ficou vincado que os Açores podem contribuir para a política de ciência e tecnologia do país relativamente às tecnologias espaciais, “porque a localização do arquipélago no centro do Atlântico permite ter estruturas terrestres com observação de grandes partes da órbita terrestre, que não é possível - a não ser de barco – fazer”.

“Nesse sentido, os Açores podem atrair projetos na área de instalação de infraestruturas de observação do espaço, de observação de interface e observação remota da terra e oceanos”, referiu.

O governante açoriano salientou ainda que haverá um “esforço para inverter a política de desinvestimento que esteve em vigor no Governo central nos últimos quatro anos e também uma preocupação especial para tentar flexibilizar mais o emprego científico e tentar dar passos no sentido de as universidades terem mais flexibilização na contratação de quadros”.

Assim, apontou, poder-se-á receber no sistema universitário investigadores que estão a título mais ou menos precário.

Numa versão das Grandes Opções do Plano enviada ao Conselho Económico e Social e a que a Lusa teve acesso, na terça-feira, o Governo refere querer que alargar a plataforma continental, que, neste momento, se encontra em análise nas Nações Unidas.

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