Autor: Lusa/AO Online
Um diplomata somali no Egipto não identificado confirmou à BBC a notícia, que começou por ser divulgada nas redes sociais no domingo por famílias dos migrantes.
O Presidente italiano, Sergio Mattarella, que se encontra em visita oficial aos Camarões desde domingo, proveniente da Etiópia, instou a Europa a refletir no problema da migração, face a “uma nova tragédia no Mediterrânio, na qual, ao que parece, morreram várias centenas de pessoas.
A guarda costeira italiana, que esta manhã disse não ter tido conhecimento da notícia, indicou que foram salvos 108 migrantes e seis corpos recuperados de uma embarcação de borracha parcialmente submersa no domingo. Um segundo relatório das autoridades italianas deu conta de que 33 migrantes foram salvos durante a noite ao largo da costa siciliana.
Um outro pormenor está ainda a ser avançado pelo The Independent, segundo o qual, notícias ainda não confirmadas referem que quatro embarcações mal equipadas com cerca de quatro centenas de migrantes, provenientes da Somália, Etiópia e Eritreia, terão partido da costa egípcia em direção a Itália.
Alguns sobreviventes, segundo a BBC, terão sido levados para uma ilha grega.
A alegada tragédia ocorre quase um ano depois de uma embarcação de pesca lotada com migrantes se ter afundado ao largo da costa Líbia no Mediterrânio, a pouco mais de 200 quilómetros de Lampedusa, provocando a morte de cerca de 800 pessoas.
De acordo com números das Nações Unidas, 180 mil pessoas tentaram alcançar a Europa por barco este ano, com o custo de quase 800 vidas.