Açoriano Oriental
CDU critica demora de transporte de produtos congelados entre Lisboa e a Horta
O transporte marítimo de produtos congelados entre Lisboa e a Horta, nos Açores, chega a demorar 15 dias, prejudicando a economia local, denunciou hoje José Decq Mota, da CDU, numa reunião do Conselho de Ilha do Faial.
CDU critica demora de transporte de produtos congelados entre Lisboa e a Horta

Autor: Lusa/AO Online

Segundo aquele conselheiro, os empresários da ilha do Faial têm vindo a queixar-se da "demora" no abastecimento de mercadorias nas últimas semanas, situação que se deve, em seu entender, à opção das operadoras marítimas de descarregarem toda a mercadoria vinda de Lisboa no porto de Ponta Delgada.

"O que se nota neste momento é que as mercadorias que vêm para a Horta, incluindo contentores de frio com mercadoria congelada, são descarregados em Ponta Delgada, é feito o transbordo para outro navio, e há operações destas que demoram 15 dias", explicou José Decq Mota.

No seu entender, esta prática resulta num "agravamento substancial do abastecimento" às populações, que prejudica a economia da ilha do Faial, e que está a gerar queixas dos empresários e o descontentamento dos consumidores.

"Fazerem um ponto de descarga intermédio encapotado não é correto, não é adequado, não é justo e não é andar para a frente, é andar para trás", lamentou o dirigente comunista.

Mas segundo o presidente da Câmara do Comércio e Indústria da Horta, Carlos Morais, a demora no transporte de mercadorias entre Lisboa e a Horta, nas últimas semanas, deve-se a "situações pontuais", nomeadamente à greve de estivadores em Lisboa e ao mau tempo que se tem feito sentir nos Açores.

O empresário admite, no entanto, que o porto de Ponta Delgada (a maior cidade dos Açores), está a ser utilizado como "plataforma encapotada" de mercadorias, que antes vinham diretamente de Lisboa para o Faial, e que agora são descarregadas e baldeadas até ao destino.

"Já existe há algum tempo um consenso entre as três operadoras que fazem a Região, no sentido de, na maior parte das vezes, haver uma plataforma encapotada, com o transbordo de carga em Ponta Delgada, que tem como destino às restantes ilhas", lembrou Carlos Morais.

Apesar disso, o empresário garante não ter recebido queixas ou reclamações dos comerciantes locais relativamente a esta situação, embora tenha deixado a sugestão, para que o assunto seja acompanhado pelo Conselho de Ilha do Faial.

Além dos transportes marítimos, também os transportes aéreos de passageiros estão a preocupar o Conselho de Ilha, que mantém a reclamação de que o Faial volte a ser servido por 14 voos semanais da SATA Internacional entre Lisboa e Horta durante a época alta.

Outros dos temas analisados na reunião do Conselho de Ilha do Faial está relacionado com a praga dos ratos, que está a provocar estragos em várias culturas.

O assunto suscitou uma longa discussão, a propósito dos métodos de combate à praga dos ratos e à necessidade de sensibilizar a população no sentido alterar alguns comportamentos.

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