CDS vai confrontar Governo com situação das empresas públicas

Em declarações à Lusa, a deputada do CDS-PP Cecília Meireles disse que durante a interpelação sobre o SEE, agendada para esta tarde, o partido vai alertar para o facto de existirem “empresas a mais, gestores a mais, com remunerações a mais, e endividamento a mais”. O CDS vai fazer esta interpelação ao Governo porque "identifica o SEE como uma doença da economia portuguesa”, afirmou a deputada, sublinhando que este setor “cresceu de uma forma absolutamente desproporcionada”. O crescimento do SEE “foi desordenado e foi feito, muitas vezes, sem ter em atenção o interesse público e a forma como o serviço era prestado”. A deputada afirmou que "agrande maioria dos gestores públicos tem salários superiores aos do Presidente da República" e que "não têm qualquer relação com o mérito nem com o resultados da empresa". Cecília Meireles disse que o CDS fez um estudo “aprofundado” sobre a situação do SEE e hoje vai apresentar ao Governo várias soluções. “A primeira [solução] tem a ver com disciplinar os salários dos gestores públicos. A segunda é escrutinar, tanto os resultados como as remunerações dos gestores e tornar públicos todos esses dados”, avançou a deputada. A terceira solução que o CDS vai propor ao Governo consiste no fim das “indemnizações que, em muitos casos, são absolutamente desproporcionadas quando acabam os contratos dos gestores públicos”. O SEE integra atualmente um conjunto de empresas detidas ou participadas pelo Estado, cuja actividade abrange os mais diversos setores de actividade, como a TAP, os CTT, a Carris ou a Águas de Portugal.