Açoriano Oriental
CDS-PP aprova listas conjuntas com PSD por esmagadora maioria
O Conselho Nacional do CDS-PP aprovou hoje por esmagadora maioria as listas conjuntas com o PSD para as legislativas de 04 de outubro, apresentadas pela direção, após cinco horas de reunião e debate na sede lisboeta.

Autor: Lusa/AO Online

O presidente da Mesa do Conselho Nacional e deputado Telmo Correia anunciou, já muito perto das 3:00 da madrugada de hoje, 135 votos favoráveis, seis contrários e um em branco, relativizar o facto de cerca de uma dezena de representantes da Federação dos Trabalhadores Democratas-Cristãos terem abandonado as instalações imediatamente antes da votação, em protesto por não verem qualquer dos seus nomes escolhidos.

"(Listas aprovadas) correspondem a ideias fundamentais de representação de áreas sociais, de competências diferentes. Por outro lado, (assentam) no reconhecimento de trabalho importante de deputados, mas procurando também uma lógica de renovação", salientou, sublinhando a aprovação dos nomes por "cerca de 95%" dos membros do Conselho Nacional.

O presidente do PSD e recandidato a primeiro-ministro, Passos Coelho, vai encabeçar a lista da coligação Portugal à Frente no círculo de Lisboa e o líder centrista e vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, ocupará o segundo lugar na capital, abandonando Aveiro, que ficará a cargo do centrista e secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, na quarta posição de um rol encabeçado pelo líder parlamentar social-democrata, Luís Montenegro.

No Porto, o atual ministro da Defesa, o social-democrata Aguiar-Branco, é o primeiro nome da coligação, surgindo o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Mota Soares, como o primeiro representante centrista, igualmente no quarto posto.

A deputada Cecília Meireles figurará no nono lugar daquele círculo eleitoral e uma das "estreias", a do fiscalista e comentador Francisco Medes da Silva, ficou reservada para o 19.º lugar. O único elemento do CDS-PP entre a nona e a 19.ª posições portuenses é Álvaro Castelo Branco. Há quatro anos a lista autónoma do CDS-PP era liderada por Ribeiro e Castro, uma voz dissonante de Portas, mas que abandonou nesta legislatura a sua longa atividade parlamentar.

Por seu turno, no 20.º posto em Lisboa, o conselheiro nacional democrata-cristão Filipe Ancoreta Correia, dirigente do movimento-fação Alternativa e Responsabilidade, foi incluído entre os candidatos, apesar de várias vezes ter criticado o funcionamento do seu partido e da própria coligação.

Entre as "caras novas" do rol CDS-PP para a Assembleia da República contam-se ainda Mariana Ribeiro Ferreira, que presidiu ao Instituto da Segurança Social, por Setúbal. No distrito sadino a lista conjunta é liderada pela ministra de Estado e das Finanças, Maria Luís Albuquerque, enquanto o líder parlamentar centrista, Nuno Magalhães, é o terceiro posicionado.

A subsecretária de Estado Adjunta de Portas, Vânia Dias da Silva, concorre em estreia por Braga, círculo no qual o primeiro designado democrata-cristão continua a ser o vice-presidente da bancada Telmo Correia. Outra novidade é especialista em temas de educação Ana Rita Bessa, logo a seguir a Portas em Lisboa (sexto lugar no elenco), que conta ainda com João Rebelo (10.º), Isabel Galriça Neto (13.ª) ou Filipe Lobo d'Ávila (17.º), por exemplo.

A anterior cabeça-de-lista na capital à frente de Mota Soares, Teresa Caeiro, vai concorrer agora pelos democratas-cristãos em Faro, na terceira posição, deixando de figurar entre os escolhidos o único centrista eleito há quatro anos no Algarve, Artur Rego.

Também já conhecida era a recandidatura a parlamentar da ministra da Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Assunção Cristas, por Leiria, onde fora cabeça-de-lista, mas agora no quarto posto. Naquele distrito, a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade está no topo do rol da coligação, pelo PSD.

Em Viseu e em Viana do Castelo, ambos os cabeças-de-lista da passada legislatura, respetivamente Hélder Amaral e Abel Baptista, mantém o estatuto, desta feita no quarto lugar de cada um dos elencos, dominados pelos sociais-democratas.

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