Açoriano Oriental
CDS-PP acusa Governo dos Açores de falta de visão estratégica
O líder do CDS-PP/Açores, Artur Lima, acusou hoje o Governo Regional, do PS, de não ter "uma visão estratégica sobre a coesão social e territorial" do arquipélago, no debate das propostas de Plano e Orçamento para 2017.
CDS-PP acusa Governo dos Açores de falta de visão estratégica

Autor: Lusa/AO Online

 

“Não há uma visão estratégica sobre a coesão social e territorial dos Açores, não se encontra esperança no desenvolvimento de um Serviço Regional de Saúde mais eficiente e mais humanizado”, declarou Artur Lima, no debate sobre os documentos orçamentais, na Assembleia Legislativa Regional, na Horta, ilha do Faial.

Para Artur Lima, a proposta de Orçamento “aumenta o emprego público e, como prometido no debate do Programa do Governo, traz um acentuado aumento de impostos, disfarçado de uma suposta preocupação com o Serviço Regional de Saúde”.

“Até pode ser, mas a preocupação não é com os doentes, é com as cada vez maiores dívidas dos hospitais e, sobretudo, da anacrónica Saudaçor [empresa pública que gere os recursos e equipamentos de saúde dos Açores]”, considerou Artur Lima.

Quanto à “grande prioridade governativa”, o emprego, o CDS-PP, que tem quatro dos 57 deputados na Assembleia Legislativa dos Açores, considera que o que se assiste “é a uma parte substancial de emprego público e subsidiado, ainda assim com uma redução de verba de cerca de 200 mil euros face a 2016”.

“Nos setores produtivos – agricultura e pescas, setores que no espaço de uma década perderam metade da sua população empregada (30% em 2007, contra 15% em 2016) – a redução é superior a 5,6 milhões de euros de investimentos. À agricultura, face ao ano passado, retiram-se quatro milhões e às pescas 1,6 milhões”, adiantou Artur Lima, salientando que “até no Turismo, o Governo socialista corta em 2017”.

A este propósito ironizou: “Porque houve uma retoma do setor, é verdade, e por isso deve pensar-se que a aposta está ganha e que nunca mais voltará para trás”.

Quando à Educação, “ganhou a Cultura e perdeu a Ciência e terá menos seis milhões em 2017 do que teve em 2016” declarou Artur Lima, para nova ironia: "Deve ser prova de sucesso”.

“É com base em algumas destas preocupações que o CDS vai apresentar propostas de alteração aos documentos”, acrescentou Artur Lima, garantindo que o partido chega à discussão “sem pré-anúncio de votos, nem dogmas” que impeçam “de ver melhoradas as políticas públicas regionais”.

Ainda assim, exigiu que “o Governo [Regional] e a maioria que o suporta deem cumprimento ao que prometeram e cumpram com aquilo que aprovaram nesta assembleia”, destacando que “nunca no passado, como hoje, se assistiu à usurpação do cunho autoral das propostas da oposição”.

“Não queremos acreditar que seja cansaço ou falta de criatividade”, disse Artur Lima.

 

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