Açoriano Oriental
CDS/Açores exige investigação a clínicas que avaliam alunos com necessidades especiais
O deputado do CDS-PP no parlamento dos Açores Artur Lima exigiu hoje uma

Autor: Lusa/AO Online

“Isto exige uma investigação profunda das inspeções da Educação, da Saúde, da Segurança Social”, afirmou Artur Lima, na interpelação ao Governo Regional sobre Educação, que hoje decorreu na Assembleia Legislativa dos Açores, na Horta, ilha do Faial.

O parlamentar disse que, além da ilha Terceira, tem conhecimento de casos no Faial e São Miguel em que clínicas de saúde mental recrutam alunos com necessidades educativas especiais, aos quais fazem um diagnóstico.

“Quem sinaliza esses miúdos? Quem os envia?”, questionou Artur Lima, acusando o executivo açoriano, liderado pelo socialista Vasco Cordeiro, de dizer que tem um Serviço Regional de Saúde “de excelência”, mas não ter capacidade de resposta para estes alunos.

Zuraida Soares, do Bloco de Esquerda, adiantou que a avaliação feita aos alunos com necessidades educativas especiais custa “200 a 300 euros por criança”, questionando se o Governo Regional não tem capacidade de resposta quando há professores, psicólogos ou terapeutas da fala no desemprego.

“Isto é mais um negócio para amigos? Já são muitos para esta região”, considerou a deputada do Bloco.

Vasco Cordeiro pediu logo depois a palavra, referindo que uma crítica que pode ser dirigida ao Governo “é dizer ‘os senhores estão a recorrer a determinado tipo de serviços, isso é um mau uso de recursos públicos, em vez de fazerem isso deviam contratar terapeutas da fala, psicólogos’”.

“Isto é uma crítica que não tem nada a ver com negócios para amigos”, sublinhou o chefe do executivo açoriano, referindo que “outra coisa é dizer que isso está a ser feito dessa forma para favorecimento de amigos”.

Para Vasco Cordeiro, a deputada Zuraida Soares “tem a obrigação de concretizar” e “tem de dizer quem, de entre o Governo, é amigo de quem, quem fez negócios com quem”.

“Se a senhora tem conhecimento de alguma coisa que eu não tenho conhecimento, deve dizê-lo para eu poder, como presidente do governo, tomar as providências que entendo”, desafiou Vasco Cordeiro, considerando que “não pode pairar no ar neste debate esta acusação velada sem concretização”, que classificou como “infundada”.

Zuraida Soares respondeu que “há muita gente que sabe que isto acontece”, declarando-se surpreendida por as inspeções da Saúde e da Educação nada saberem.

Também o deputado do PPM, Paulo Estêvão, pediu que esta situação seja “devidamente esclarecida”.

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