Açoriano Oriental
Carta de Compromisso do Fórum Regional Álcool e Saúde conta com 36 entidades

A Diretora Regional de Prevenção e Combate às Dependências afirmou, esta sexta-feira, que a diminuição dos problemas ligados ao álcool terá no Fórum Regional Álcool e Saúde, mais um aliado na redução da procura e da oferta.

Carta de Compromisso do Fórum Regional Álcool e Saúde conta com 36 entidades

Autor: Susete Rodrigues/AO Online

“O Plano de Ação para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool, que envolve parcerias com os recursos da sociedade civil, administração pública e operadores económicos, encontra no Fórum Regional do Álcool e Saúde um instrumento essencial na sua operacionalização” destacou a diretora citada em nota publica no Gacs.

Suzete Frias, que falava na I Reunião do Fórum Regional Álcool e Saúde, realçou a adesão das 36 entidades que aceitaram fazer parte desta plataforma, prova da responsabilidade social e do empenho para com uma causa prioritária.

O Fórum Regional Álcool e Saúde é uma plataforma em que um conjunto alargado de entidades aderem a uma carta de compromisso, sendo esta uma das propostas do Plano de Ação para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool e um instrumento operacional do Plano Regional de Saúde 2014-2020.

São objetivos gerais desta iniciativa a prevenção, a dissuasão e a redução dos problemas relacionados com o consumo de álcool, e a garantia de que a venda e consumo de álcool no mercado seja feita de forma segura e não indutora.

“Uma empresa ligada à venda e distribuição de bebidas, pode apesar disso, ter nas suas páginas, nos seus rótulos de mensagens de promoção da saúde e ensinar as pessoas a beber de forma saudável “exemplificou a governante.

As entidades que aderirem a este fórum comprometem-se a desenvolver um conjunto de ações relevantes nesta área e a proporcionar um espaço de partilha, discussão e reflexão sobre conteúdos relacionados com o consumo nocivo de álcool.

Entre as entidades aderentes fazem parte, casas de saúde, instituições particulares de solidariedade social, casas do povo, departamentos governamentais e empresas privadas que passam a reunir ordinariamente uma vez por ano.

 “No que diz respeito a prevalências e segundo o Relatório Anual 2016, do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), em matéria de álcool, verificam-se significativas diferenças, com a incidência nos Açores a ser mais incisiva nos consumos excessivos, como no Binge Drink, com taxas de 39,5%, no grupo dos 15-74 anos, sendo a prevalência de embriaguez de 32%” apontou.

Para a diretora regional é importante compreender as diferenças entre ilhas, dos fatores de risco e proteção para o consumo de substâncias psicoativas.

“O Estudo Projeto Vida +, levado a cabo em cada uma das ilhas, vai permitir-nos a territorialização das respostas e gerar a oportunidade de criarmos medidas, em função das reais necessidades das populações. “explicou.

Até 2020, o Fórum Regional Álcool e Saúde, ao qual aderiram hoje 36 entidades, propõe como metas a redução em 2 pontos percentuais nas prevalências de consumo de bebidas alcoólicas, a diminuição do número de condutores mortos em acidentes de viação, bem como a redução da taxa de anos potenciais de vida perdidos por doenças atribuíveis ao álcool.


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