Açoriano Oriental
Cardeal patriarca elogia solidariedade e compaixão dos peregrinos
O cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, agradeceu em Fátima aos peregrinos, "transportados por sentimentos de solidariedade e compaixão" e que vão ao "encontro dos outros, carentes de visita, serviço e companhia".
Cardeal patriarca elogia solidariedade e compaixão dos peregrinos

Autor: Lusa/AO Online

 

Durante a homilia que encerrou o primeiro dia da peregrinação internacional de maio, 99 anos após as aparições, Manuel Clemente disse que os peregrinos levaram a Fátima o mesmo Jesus que Maria levou a Santa Isabel (“trata-se da Visitação da Virgem a Santa Isabel, como São Lucas a recorda no seu Evangelho”) e que lhes deu “ânimo para continuar estrada fora e para apoiar os outros, quando precisavam de uma palavra de alento ou dum braço de amparo”.

“Deixai-me dizer-vos, caríssimos peregrinos, o muito que vos estimo e admiro, pela coragem de sair de casa e fazer-se à estrada, persistindo, rezando e ansiando por chegar aqui, como finalmente estais. Como Maria a caminho da casa de Isabel, fostes transportados por sentimentos de solidariedade e compaixão, nas intenções que trazíeis e mantendes. Por algum familiar ou amigo, que espera saúde, trabalho ou paz. Por motivos coincidentes, em relação à paz no mundo e a tudo o que a contraria ou demora”, sublinhou.

Manuel Clemente disse ainda aos peregrinos que estes depois regressam a casa e continuarão a “Visitação” junto dos “familiares, vizinhos e companheiros de terra, trabalho e convivência: para que tenham vida, na sua fonte inesgotável, que é o próprio Deus”.

“Deste lado estamos para receber e deste lado estamos para oferecer Jesus ao mundo, o nosso mundo”, sublinhou.

O cardeal patriarca recordou também a mensagem aos pastorinhos: “que se convertessem, por si e pelos outros, que rezassem pela paz e advertissem da guerra, que mostrassem em si mesmo o que devemos ser todos, como crianças e filhos diante de Deus, simples e fraternos diante dos homens”.

“Por isso valeu Fátima, há quase cem anos. Por isso vale agora, na mesma razão”.

Manuel Clemente apelou ainda aos peregrinos para se compreenderem, “na dimensão perfeita que a Visitação há de ter, hoje e em toda a vida”.

O cardeal patriarca abordou também o sacrifício dos pastorinhos, que pediram “por todos, doentes, soldados e muitos outros, sem esquecer o Santo Padre e a Igreja” e explicou que a conclusão, mediante “tudo isto”, só pode ser uma: “Aconteceu aqui, vai para um século, o que começou há dois milénios no Israel de então – a Visitação de Deus, na obra de Cristo, marianamente envolvida”.

E na “verdade”, concluiu Manuel Clemente, “longe ou perto, a Visitação continua”.

 

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