Açoriano Oriental
Campanha de prevenção da violência no namoro chega a todas as ilhas em 2015
A Campanha Regional de Prevenção da Violência no Namoro desenvolvida nos Açores desde 2011 chega este ano pela primeira vez às nove ilhas da região, que foi pioneira no país na abordagem desta temática.
Campanha de prevenção da violência no namoro chega a todas as ilhas em 2015

Autor: Lusa/AO online

A campanha arrancou hoje oficialmente e vai desenvolver-se ao longo do ano, nas nove ilhas açorianas, em articulação com as Redes de Apoio Integrado à Mulher e os Polos Locais de Prevenção e Combate à Violência Doméstica, disse à Lusa a coordenadora deste projeto, Letícia Leal.

A Campanha Regional de Prevenção da Violência no Namoro resulta de uma parceira entre o governo açoriano e o Núcleo de Iniciativas de Prevenção e Combate à Violência Doméstica da Santa Casa da Misericórdia da Praia da Vitória e foca-se, sobretudo, na população jovem, promovendo diversas iniciativas em escolas, instituições particulares de solidariedade social (IPSS) ou locais normalmente frequentados por este tipo de público, entre outros.

Os Açores foram a primeira região do país a desenvolver uma campanha "construída em torno desta matéria", afirmou Letícia Leal, sublinhando que hoje são as próprias escolas e as IPSS a solicitar a realização deste tipo de ações, depois de numa primeira fase a abordagem do tema da violência no namoro ter sido encarado com estranheza, por haver a ideia de que não existia.

Não existem dados sobre a violência no namoro relativos, especificamente, aos Açores, mas a estatística nacional aponta para que este problema atinja um em cada quatro jovens portugueses.

As primeiras iniciativas açorianas nesta área, em 2011, surgiram por as equipas que trabalham com a violência doméstica na região se terem apercebido de que as vítimas referiam com frequência que durante o namoro já havia "sinais preocupantes", que são normalmente confundidos com provas de amor que depois se tornam "obsessivas e de controlo obsessivo", segundo a responsável.

Letícia Leal sublinhou que a campanha aposta não apenas na abordagem da violência em si, enfatizando também aquilo que é suposto existir numa relação de afetos positiva, como "a esperança" ou "o respeito".

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