Autor: Lusa / AO online
O anúncio da realização desta hasta pública está hoje publicado no Jornal de Notícias, bem como na página da internet da autarquia, sendo que, desta vez, a Câmara estabeleceu um valor-base de licitação para as duas frações (1.582.800 euros), não as distinguindo autonomamente.
A 05 de dezembro, a Câmara do Porto anunciou a intenção de vender este imóvel projetado pelo arquiteto Souto Moura para o dia 21, contudo, dez dias depois publicou um aviso na sua página da internet anunciando a retirada da Casa Manoel de Oliveira e do Palacete Pinto Leite do leilão, no qual previa angariar com estes dois imóveis cerca de três milhões de euros.
Na ocasião, fonte da Câmara disse à Lusa que a autarquia "concluiu que não precisava desse encaixe financeiro" em 2015, adiantando que a hasta pública deste património deveria acontecer este ano.
O anúncio de hoje refere-se apenas à venda da denominada Casa Manoel de Oliveira, que inclui um "edificado destinado a equipamento cultural", com entrada pela rua Viana de Lima e Rua Bartolomeu Velho, com 160 metros quadrados de área coberta e 1.800 metros quadrados de área descoberta, e um "edificado habitacional", com entrada pelas mesmas artérias, com 98 metros quadrados de área coberta e 152 metros quadrados de área descoberta.
O município levou à praça estas duas frações da Casa Manoel de Oliveira em maio de 2014, pelo mesmo montante de agora (1,58 milhões de euros), mas a hasta pública ficou deserta e durante um ano a autarquia tentou, sem sucesso, a sua venda por ajuste direto.
Aquando desse leilão, a Câmara do Porto separou a venda das duas frações, avaliando o edificado destinado a equipamento cultural em 1,014 milhões de euros e o edificado habitacional em 568,8 mil euros.
A hasta pública do dia 18 terá lugar no edifício dos Paços do Concelho, no 5.º piso, pelas 10:30.
O imóvel foi projetado há cerca de duas décadas para ser residência e museu do realizador Manoel de Oliveira que morreu no dia 02 de abril do ano passado, aos 106 anos, mas nunca foi utilizado.
Em junho, o vice-presidente da Fundação Sindika Dokolo, Fernando Alvim, referiu em declarações à Lusa que a instituição estava à procura de um edifício para acolher a sua futura sede, estando a Casa Manoel de Oliveira entre os espaços já visitados, para além do Palacete Pinto Leite ou o Palácio das Artes da Fundação da Juventude, entre outros.