Açoriano Oriental
Bruno de Carvalho não acredita na realização de eleições em 08 de setembro

O ex-presidente do Sporting Bruno de Carvalho disse esta sexta feira não acreditar na realização de eleições em 08 de setembro e que será o tribunal a impor o seu regresso à liderança do clube.

Bruno de Carvalho não acredita na realização de eleições em 08 de setembro

Autor: Lusa/Ao online

O presidente destituído dos 'leões', que falava em conferência de imprensa realizada numa unidade hoteleira em Lisboa, baseou a sua crença numa providência cautelar que, segundo ele, suspenderá a Assembleia Geral de destituição, realizada em 23 de junho passado.

Bruno de Carvalho começou por 'apontar baterias' a Artur Torres Pereira, presidente da Comissão de Gestão do Sporting, rotulando-o de "traiçoeiro", passou depois para Jaime Marta Soares, que considerou incendiário e de "deixar o Sporting em cinzas", e não esqueceu Sousa Cintra, prometendo revelar fotografias do atual líder da SAD 'leonina', depois deste ter dito que não entrava "em palhaçadas".

Para Bruno de Carvalho, que pede que a sua lista seja validada para poder candidatar-se novamente à presidência dos 'leões', não restam dúvidas de que o facto de não ter reassumido funções hoje faz com que o Sporting incorra em irregularidades, motivo pelo qual considera que será pelas barras dos tribunais que voltará a ser presidente.

"A partir do momento em que temos uma decisão e não nos é permitido, então vai ter de ser a lei a cumprir. Vai ter de ser o tribunal a decidir e que já o decidiu. Para mim já existiu uma decisão. Eles podem repetir 50 vezes que eu fui destituído, mas aquela Assembleia foi pior que o 'churrasquinho' de 2011 (ato eleitoral ganho por Godinho Lopes). Só quatro dias depois é que o notário teve acesso aos votos. Independentemente desta decisão não negamos que é necessário ir a eleições", afirmou.

Bruno de Carvalho desmente ter sido hoje expulso das instalações do Estádio José Alvalade, sustentando que a polícia esteve presente no local a seu pedido, tendo este pedido sido feito na quinta-feira.

Alexandre Godinho, advogado de Bruno de Carvalho, sustenta que o Sporting tomou conhecimento da deliberação do tribunal em 01 de agosto e que até ao momento lhe foi negado o acesso à ata da assembleia geral de 23 junho (que deliberou a destituição de Bruno de Carvalho) por ainda não ter sido redigida na totalidade.

"O despacho diz que a partir do dia 01 de agosto o Sporting tomou conhecimento que a deliberação deixou de ser lícita, deixou de ser legal. Se ia no sentido da destituição então deixa de haver destituição. Do meu ponto de vista, Bruno de Carvalho deveria ter tomado posse hoje. A destituição, neste momento, está suspensa", disse.

No início da tarde de hoje, Bruno de Carvalho disse que um juiz suspendeu a decisão de revogação do seu mandato de presidente do Sporting, determinada na Assembleia Geral (AG) do clube realizada em 23 de junho.

Bruno de Carvalho, que chegou mesmo a entrar nas instalações do Estádio de Alvalade, assumindo-se como presidente do clube e da SAD, diz que o clube foi citado em 01 de agosto da decisão do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, decorrente uma providência cautelar por si interposta, um dia antes de ter sido decidida a sua suspensão de sócio por um ano, pela comissão de fiscalização.

No final da tarde, Artur Torres Pereira, presidente da Comissão de Gestão do Sporting, assegurou que a revogação da suspensão do ex-presidente do clube Bruno de Carvalho e o seu alegado regresso à presidência dos 'leões' não passa de uma mentira, baseada numa "mão cheia de nada".

"Analisada e conferida a documentação nas instalações do clube, concluiu-se afinal ser tudo mentira, porque não existia nem existe qualquer fundamento ou decisão judicial que suspenda a deliberação tomada pelos sócios na Assembleia Geral", concluiu.

Eleito presidente do clube em março de 2013 e reconduzido em 2017, Bruno de Carvalho foi destituído do cargo na reunião magna de junho, com 71,36% dos votos, e posteriormente suspenso de sócio pela Comissão de Fiscalização, criada na sequência da demissão da maioria dos membros do Conselho Fiscal e Disciplinar.

Na sequência da decisão, foram convocadas eleições para os órgãos sociais do clube, para 08 de setembro, e Bruno de Carvalho viu a sua candidatura rejeitada pela Mesa da Assembleia Geral, com base no facto de o ex-presidente estar suspenso.

João Benedito, José Maria Ricciardi, Pedro Madeira Rodrigues, Frederico Varandas, Rui Jorge Rego, Dias Ferreira e Fernando Tavares Pereira são os candidatos cujas listas foram validadas.


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