"Apenas serão efetuadas por elementos desta corporação as missões de socorro em situações urgentes, estando o senhor presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores devidamente informado", anunciou Teresa Ferreira, uma das manifestantes, que que falou em nome dos bombeiros assalariados e voluntários.

Teresa Ferreira falava depois de cerca de cinquenta bombeiros se terem manifestado ao som das sirenes e em parada no quartel dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada.

"A assistência e o socorro às populações de Ponta Delgada e Lagoa poderá ser colocada em risco por carência de bombeiros caso o senhor presidente da direção [Vasco Garcia] não se demita das suas funções", alertou.

Entre várias razões para o protesto, os bombeiros acusam Vasco Garcia de atuar "de forma abusiva no exercício do poder e temperamento agressivo na relação com os bombeiros e membros da direção".

"Dar conta de um clima de medo vivenciado diariamente no quartel, em segundo lugar, fazer referência ao despedimento do senhor comandante desta corporação na terça-feira e a sua readmissão na quarta-feira, no dia imediatamente a seguir, pelo senhor presidente da direção, julgando nós bombeiros que a mesma terá sido consequência de pressões por parte de elementos do Governo [Regional] e da autarquia de Ponta Delgada, bem como por outros órgãos desta associação", denunciaram os manifestantes, num comunicado lido por Teresa Ferreira, sem direito a perguntas dos jornalistas.

Os Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada têm cerca de 170 bombeiros ao serviço, entre assalariados e voluntários.